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Administração Trump reúne-se com 37 países africanos


Rex Tillerson, anfitrião
Rex Tillerson, anfitrião

Ministro angolano dos Negócios Estrangeiros Manuel Domingos Augusto estará presente no encontro de 16 e 17

O secretário de Estado americano, Rex Tillerson, reúne-se a 16 e 17 de Novembro em Washington ministros dos Negócios Estrangeiros de 37 países africanos.

O evento é o primeiro de vulto da administração Trump em relação a África e na agenda estarão temas como comércio e investimentos, combate ao terrorismo e boa governança.

Angola estará presente através do ministro das Relações Exteriores, Manuel Domingos Augusto, enquanto Moçambique e Cabo Verde estarão representados a nível de embaixadores.

Além dos ministros ou representantes, estarão presentes no encontro o presidente da União Africana Moussa Faki Mahamat e dirigentes da organização.

O subsecretário de Estado dos Assuntos Africanos dos Estados Unidos, Donald Yamamoto, considera que o encontro visa analisar uma política que vá além da ajuda para construir parcerias mutuamente benéficas.

"Se se olha para os Estados Unidos e a nossa abordagem não apenas para a África, mas para as outras regiões do mundo, é uma abordagem muito mais multidimensional e muito complexa", disse Yamamoto ao programa África 54 da Voz da América.

Para ele, não é apenas uma ajuda humanitária, mas também o desenvolvimento de infra-estruturas, bem como um crescimento económico sustentável", acrescentou Yamamoto.

Futuro

O governante considera que a reunião se concentrará na preparação para o futuro.

Até ao ano 2100, a África deverá ser o continente mais populoso do mundo com 2,2 mil milhões de pessoas.

Desse total, cerca de 70 por cento tem menos de 30 anos, e essa "protuberância juvenil" pode ser uma benção ou uma maldição, dependendo de como o continente se preparar.

Com este encontro, África começa a ganhar espaço na Administração Trump, muito em consequência do assassinato de quatro boinas verdes no Níger em Outubro.

Após esse ataque, o senador republicano, Lindsey Graham, advertiu que a guerra dirige-se para a África.

“Ao derrotar os inimigos no Médio Oriente, eles vão para outros lugares, como África, “advertiu Grhaham.

No curto prazo, os Estados Unidos continuarão a desempenhar um papel importante na formação de militares dos seus parceiros africanos.

Formação de militares

As forças americanas treinaram mais de 300 mil soldados no continente nos últimos 10 anos.

Em parceria com os países africanos, a Administração Trump diz querer ajudar a melhorar a segurança e facilitar a coordenação entre as nações para se protegerem contra Boko Haram, o Estado Islâmico, o tráfico de drogas e outras ameaças.

No longo prazo, no entanto, ainda de acordo com o Governo americano, a segurança decorrerá do crescimento económico e da prosperidade.

Nesse sentido, os Estados Unidos querem discutir estratégias para reduzir dívidas e eliminar barreiras ao comércio no continente.

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