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Activistas angolanos espancados dentro do tribunal antes do reinício do julgamento


Activistas no tribunal
Activistas no tribunal

Diplomatas estrangeiros foram, outra vez, impedidos de assistir ao julgamento.

Os activistas que estão a ser julgados no Tribunal Provincial de Luanda foram espancados nesta terça-feira, 17, por volta das oito horas dentro do edifício do tribunal localizado no Benfica.

A denúncia é do advogado de defesa Zola Ferreira que disse à VOA ir apresentar um protesto ao juiz logo no início da audiência.

Várias pessoas que se encontravam na edifício ouviram gritos que vinham do interior do tribunal.

A audiência continua hoje, mas como a VOA informou ontem, sem a presença de jornalistas, populares e membros do corpo diplomático.

Na manhã de hoje, como aconteceu ontem, representantes do corpo diplomático da União Europeia, Portugal, Reino Unido e Estados Unidos da América foram impedidos de assistir o julgamento.

O juiz Januário Domingos José ordenou que os profissionais da comunicação social só poderão regressar à sala do julgamento para “as alegações orais, quesitos e leitura do acórdão”

Ontem, depois das alegações da acusação e da defesa, o activista Nito Alves foi ouvido durante várias horas.

A pedido do advogado de defesa, a audiência foi suspensa por “fadiga do réu”.

Durante o interrogatório, a acusação quis saber de Nito Alves se eles estavam a participar de um curso, quem era o patrocinador do grupo e quem era o ditador.

Ao que a VOA apurou, Alves respondeu que não era nenhum curso e que estavam apenas a fazer uma reflexão entre amigos e sem qualquer patrocinador.

Em relação à pergunta quem é o ditador, Nito preferiu não responder.

Refira-se, entretanto, que ontem, ao contrário do que determinou o juiz, na sala não se encontravam apenas familiares dos arguidos.

Advogado Zola Ferreira denuncia agressão aos réus dentro do tribunal na manhã de hoje
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Mónica Almeida, esposa de Luaty Beirão, revelou que ela e a mãe do activista foram os primeiros familiares a entrar, mas a sala estava repleta.

Almeida disse ter perguntado a um dos presentes de quem era parente ao que respondeu de ninguém e que era apenas um estudante de direito.

O julgamento, previsto para terminar na sexta-feira, 20, continua hoje a porta fechada e apenas com a presença de familiares dos réus.

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