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Activistas de Cabinda "não dão crédito" a João Lourenço


Cabinda às escuras
Cabinda às escuras

Comissão Económica do Conselho de Ministras realiza-se na província

Activistas da Associação Cultural e dos Direitos Humanos de Cabinda consideram que o facto de João Lourenço ter levado a reunião do Conselho de Ministros para a província serve apenas para distrair os menos atentos.

Activistas reagem a discursos de João Lourenço e goernador de Cabinda - 2:11
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Arão Tempo e Alexandre Cuanga dizem que, enquanto o Presidente da República não se sentar com os verdadeiros defensores dos direitos do povo, a situação de Cabinda, que se resume em perseguição, opressão e pobreza extrema, vai continuar.

Tempo, advogado e activista dos direitos humanos de Cabinda, considera que enquanto não houver uma verdadeira abertura do regime do MPLA para com os activistas, de nada vai adiantar fazer reunião do Governo em Cabinda.

"Acho que é uma ofensa ao povo de Cabinda porque sé mexem nas estradas porque o Conselho de Ministros veio aqui, 42 anos depois a pobreza do povo continua, não há nenhuma estrutura económica para tirar as pessoas desta situação”, acrescenta Tempo, anunciando “uma marcha a 10 de Dezembro para manifestar o descontentamento para com esse regime".

Arão Tempo diz que Lourenço devia “educar patrioticamente os seus militares e policias em Cabinda para acabar com a perseguição, repressão ao povo, ao Sinse para deixar a casa dos activistas em paz, nós não estamos interessados nisso, queremos apenas comer e beber, viver em paz como angolanos e desfrutar das riquezas se Cabinda".

Por seu lado, Alexandre Cuanga, coordenador da Associação Cultural e dos Direitos Humanos de Cabinda, confirma a marcha para o próximo dia 10 de Dezembro e lembra que Joao Lourenço tem um passivo a acertar com o povo de Cabinda.

"O povo de Cabinda ainda tem mágoa de Joao Lourenco por ter sido ele quem impediu a construção do porto internacional em Cabinda dizendo que se construir esse porto seria dar a independência aos cabindas, como é que nés vamos confiar numa pessoa assim que hoje é Presidente, nós não temos nenhuma ilusão porque Joao Lourenço é do MPLA e quem governa o país é o MPLA, continua o desemprego aqui a pobreza, etc.", conclui Cuanga.

Lourenço diz que Cabinda é prioridade

Ao abrir a primeira reunião do Conselho Económico do Conselho dos Ministros fora de Luanda, nesta quarta-feira, 8, João Lourenço exigiu um maior enfoque para a situação sócio-económica da província, nos próximos meses.

O Presidente da República destacou a necessidade de reverter o actual quadro de dificuldades em sectores como o dos transportes, energia, águas e da saúde e disse que vai “considerar Cabinda uma província prioritária”.

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