Líderes de associações cívicas e defensores dos diretos Humanos em Cabinda pedem que a nova liderançada UNITAinicie um programa de auscultação com todas as sensibilidade locais na procura de soluções políticas para aquela província angolana.
Para o coordenador da Associação Cultural e de Desenvolvimento e dos Direitos Humanos de Cabinda( ADCDH), Alexandre Kuanga, Adalberto Costa Júnior, como principal líder da oposição, deve ter a responsabilidade de participar na resolução do problema de Cabinda.
“Nós esperamos que Adalberto Costa Júnior use da sua sensibilidade humana para aconselhar o Governo do MPLA a resolver o problema que existe com os movimentos de libertação de Cabinda ”, disse.
Por seu lado, o líder do Movimento da Reunificação do Povo de Cabinda para a sua Soberania, Arão Tempo, entende ser necessário que a nova liderança da UNITA identifique os programas que cada uma das sensibilidades locais tem e inicie uma discussão política com todas elas.
“É necessário que a UNITA identifique as forças políticas de Cabinda e em particular o nosso movimento para saber qual é o programa que cada movimento tem e qual a convergência que estes movimentos possuem e criar uma discussão política para a terminar o assunto”, defendeu Arão Tempo.
Entretanto, o activista Clemente Cuilo, que se afirma defensor da independência de Cabinda, considera que nenhuma figura política ou organização fora do enclave será capaz de resolver o problema de Cabinda, pelo que não espera nada do novo presidente da UNITA.
“Nem que vença as eleições, a UNITA não está em condições para dar independência a Cabinda porque nenhum angolano irá negociar com os cabindas porque têm Cabinda apenas como sua lavra para a busca da sua riqueza”, afirmou.
No seu discurso de posse, Adalberto Costa Júnior apontou a luta pela revisão da Constituição da República como uma das divisas do seu mandato e assegurou que vai lutar pela despartidarização do Estado “por uma comissão eleitoral independente, justa, isenta e credível e pela preservação da paz e consolidação da democracia”.