O acordo alcançado por Angola com o FMI para uma ajuda de 3,7 mil milhões de dólares volta a dar ao país mais facilidades de crédito internacional mas vai requer disciplina rigorosa na aplicação dos programas económicos, disseram economistas angolanos.
Os economistas concordam também que só por si a quantia acordada não chega para resolver os problemas do país
O economista Fernando Heitor disse que o empréstimo do FMI da termos de pagamento “mais dilatados” e melhores juros mas avisou que as regras do FMI são de muito rigor na aplicação dos programas económicos que “tudo aquilo de que o regime Eduardo dos Santos andou a fugir”.
O programa do FMI “credibiliza o nosso governo a nível internacional”, disse Heitor.
“O FMI credibiliza e vai abrir os mercados”, acrescentou afirmando que embora os fundos acordados não resolvam os problemas do país abrem as portas a melhores financiamentos
O economista Francisco Baltazar disse por seu turno que o acordo significa que o FMI vai exigir de Angola uma economia “muito disciplinada” e concordou que o valor acordado não chega para resolver os problemas económicos de Angola.
“ O dinheiro não vai resolver por agora os problemas da nossa economia”, disse Baltazar para quem a solução dos problemas económicos passa “pela liberalização de todos os sectores”.
O economista disse por outro lado que as avaliações governamentais da economia pecam por estarem centradas em Luanda pelo que há que fazer uma avaliação dos reais problemas de todo o país.
“Aí saberemos se este valor corresponde a este problema ou não”, acrescentou
O ministro do estado e desenvolvimento económico Manuel Nunes Júnior. Afirmou potr outro lado que como consequência do acordo os mercados financeiros internacionais serão mais abertos e “torna-se relativamente mais fácil para Angola ter acesso a financiamento no mercado internacional e em condições mais favoráveis”.