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UNITA exige amnistia política para presos políticos em Angola


O líder do partido da oposição angolana, UNITA, Adalberto Costa Júnior, durante o último comício da campanha da UNITA antes das eleições gerais, em Luanda, a 22 de agosto de 2022.
O líder do partido da oposição angolana, UNITA, Adalberto Costa Júnior, durante o último comício da campanha da UNITA antes das eleições gerais, em Luanda, a 22 de agosto de 2022.

O Grupo Parlamentar da UNITA, em Angola, apelou que ao invés de um indulto presidencial seja atribuída "uma amnistia geral a todos os presos políticos em Luanda, Cabinda e demais regiões do País".

O Presidente angolano João Lourenço concedeu o indulto a 51 condenados. José Filomeno de Sousa dos Santos, popularmente, "Zénu", e a influenciadora digital Ana da Silva Miguel, ou "Neth Nahara", e o ativista Gilson da Silva Moreira "Tanaice Neutro" destacam-se entre os condenados.

O Grupo Parlamentar da UNITA acredita que a "medida não deve servir de expediente político para escamotear o cerceamento das liberdades políticas e as grosseiras violações dos direitos fundamentais dos angolanos, praticadas pela máquina repressiva do Regime dirigido pelo Titular do Poder Executivo", pode lêr-se no comunicado enviado aos meios de comunicação.

Os membros políticos da oposição pedem a extinção de "todos os processos de condenação", sublinhando que Angola "não pode ter presos políticos nem presos de consciência e muito menos presos por delito de opinião".

"Não se pode, no Estado Democrático de Direito, libertar presos condenados por delitos comuns e, ao mesmo tempo, manter presos e condenados a Democracia Participativa, o Poder Local e o próprio Estado Democrático e de Direito", indica o comunicado.

No âmbito das comemorações do país, o Grupo Parlamentar da UNITA pede ao líder angolano para "no quadro da celebração dos 50 anos de Independência, libertar, finalmente, a democracia e o Estado das amarras da hegemonia e do autoritarismo".

João Lourenço que justificou a decisão com os 50 anos da independência do país e a quadra do Natal e do Ano Novo assegurou, entretanto, que um novo indulto “voltará a acontecer ao longo do ano em datas a determinar”.

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