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Moçambique: Associações cívicas confiantes "num bom resultado" nas eleições autárquicas


Preparativos para a votação em Pemba, província de Cabo Delgado, 2019
Preparativos para a votação em Pemba, província de Cabo Delgado, 2019

Elas reconhecem que as dificuldades são enormes ante os "partidos tubarões".

As associações de grupos de cidadãos que vão participar nas eleições municipais de 11 de Outubro em Moçambique estão cientes das dificuldades, sobretudo financeiras que irão sentir para enfrentar a Renamo, a Frelimo e coligações partidárias, mas dizem-se confiantes num bom resultado porque as pessoas estão sedentas de novas narrativas e de novas ideias para resolver os problemas dos municípios.

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"Queremos dar aos munícipes, sobretudo aos jovens, a oportunidade de expressarem as suas idéias inovadoras para melhorar as condições de vida dos cidadãos ao nível dos municípios”, diz Lucas Amosse, da Associação dos Trabalhadores Informais de Moçambique (ASTIMO), que se inscreveu na Comissão Nacional de Eleições (CNE).

Amosse avança que o processo de inscrição não foi complicado porque temos milhares de membros, mas sublinha que o principal constrangimento tem a ver com a escassez de dinheiro para enfrentar os "partidos tubarões" como a Frelimo e a Renamo.

Por seu turno, Ali Abubacar, da Associação para a Educação Moral Cívica em Nampula, afirma que o grupo de cidadãos decidiu avançar porque "sabemos que ao nível dos centros urbanos, muitas pessoas estão com sede de ideias que possam contribuir para a solução dos seus problemas".

“Os jovens olham para o futuro e reparam que não têm o futuro que lhes é prometido”, realça Abubacar, afirmando depois que as dificuldades que a associação enfrentou tiveram a ver com a organização da documentação, porque ao nível da CNE, não tivemos muitos problemas.

Pelo menos 10 associações, com a assessoria do Centro de Integridade Pública (CIP), submeteram suas inscrições junto da CNE.

No debate político nacional, a questão é até que ponto essas associações estão preparadas para desafiar a Frelimo e a Renamo.

Raul Massingue, do CIP Eleições, diz que as associações têm argumentos sólidos para conquistar o eleitorado, num contexto em que a visão dos partidos políticos tende a ser rejeitada pelos cidadãos, sobretudo os do meio urbano, que estão frustrados porque não encontram soluções para os problemas dos municípios, tanto os geridos pelo partido no poder como os que estão sob a responsabilidade da oposição.

Massingue anota que, para além disso, as associações contam também com apoio da juventude, que está disponível para apresentar as suas ideias, o que significa que o nível de consciência sobre a participação dos cidadãos na procura de soluções para os problemas dos municípios está a crescer

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