Os transportadores semicolectivos de passageiros desesperam pelo pagamento do subsídio prometido pelo governo há oito meses e apontam a subida das tarifas como forma de compensar a alta dos preços dos combustíveis e o custos de operação.
As autoridades repetem que irão pagar, mas não indicam datas.
Há mais de oito meses que o Governo moçambicano anunciou a existência de 3.2 biliões de meticais para subsidiar o transporte de passageiros e aliviar o impacto dos elevados preços de combustíveis no país.
Porém, de lá a esta parte os transportadores desesperam por esse subsídio e, enquanto não recebem os fundos prometidos, apontam o reajuste da tarifa como solução.
“A vida não tem sido fácil, nós sentimos pela população, mas o combustível está alto e os salários não estão de acordo com o custo de vida”, disse o transportador Carlos Mondlane. “A boa coisa seria baixar o preço dos combustíveis e manter os 12 meticais,” acrescentou António Cossa.
O Governo reconhece o seu incumprimento, e para o ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, a falta de dinheiro é que está na origem desta situação.
“Com muita humildade e honestidade, nós não temos dinheiro; se tivéssemos dinheiro certamente que mesmo os meios não iriam faltar, nós não temos dinheiro”, reconheceu Magala.
Magala garantiu que já existe dinheiro para compensar os transportadores de passageiros na área metropolitana do Grande Maputo, não revelando para quando o início dos pagamentos.
“Prometemos e vamos pagar as compensações aos transportadores semicolectivos de passageiros”, disse Magala.
Perante mais uma promessa, Castigo Nhamane, Presidente da FEMATRO, disse que os transportadores estão expectantes.
“A única informação que temos é que o Governo continua a garantir que será feito o pagamento dentro deste mês”, referiu Nhamane.
Há duas semanas as tarifas dos transportes foram agravadas em três meticais, contrariando o desejo dos transportadores que pretendiam um aumento na ordem dos sete meticais.
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