O Serviço Nacional de Investigação Criminal (Sernic) em Nampula disse, nesta segunda-feira (27) que cinco moçambicanos, incluindo uma mulher, foram detidos, indiciados de tráfico de cerca de meia tonelada de heroína e metanfetamina, droga apreendida no princípio deste ano, no distrito da Ilha de Moçambique.
Entre os detidos estão o suposto dono da droga e intermediários de venda. Os detidos estavam foragidos desde o dia 7 de Fevereiro em curso, quando a polícia apreendeu a droga em causa.
A porta-voz Sernic, Enina Tsenine, disse que “um dos detidos é gerente no tráfico de drogas de um traficante também detido, há meses, conhecido por Nahota, enquanto os outros intermediavam a venda e facilitavam o levantamento de valores e distribuição da droga”
Nahota, disse a porta-voz, é proprietário de várias embarcações, nos distritos costeiros de Nampula, e embora detido há vários meses foi apurado que continua a comandar o tráfico de drogas, através do seu gerente e irmão, o transportador da droga recentemente apreendida.
Tsenine reconhece fragilidades no sistema prisional por conta da corrupção, o que leva líderes do crime organizado a comandar os seus grupos a partir das cadeias.
Embora a província de Nampula seja considerada corredor de narcotráfico, raras vezes são neutralizados os donos da droga.
O jurista Amade Alfredo entende que tal deve-se ao facto de o crime organizado ser bastante forte ao ponto de corromper as autoridades.
“Mais do que deter os líderes do crime de tráfico de drogas, é preciso responsabiliza-lós e criar condições dentro dos estabelecimentos prisionais para que não continuem a comandar o tráfico,” disse Alfredo.
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