O ex-líder da África do Sul, Jacob Zuma pediu hoje, segunda-feira, 15, a um tribunal superior que revogasse uma decisão que o ordena a voltar à prisão para cumprir uma sentença que desencadeou protestos e pilhagens.
Zuma, de 80 anos, saíu em liberdade condicional médica em Setembro passado, depois de cumprir apenas dois dos 15 meses de sentença por desrespeito à comissão de investigação anti-corrupção.
Em Dezembro, o Supremo Tribunal anulou a sua libertação condicional, descrevendo a decisão como "ilegal".
O Supremo Tribunal de Recurso, reunido na cidade central de Bloemfontein, na segunda-feira, começou a ouvir a proposta de Zuma para que a sua liberdade condicional médica seja restabelecida.
A advogada Maribolla Mphahlele, representante dos serviços prisionais, disse que um médico tinha estabelecido que Zuma sofria "de uma doença terminal ou de uma condição que é crónica e progressiva".
O médico recomendou a liberdade condicional devido a "incapacidade".
Enquanto estava na prisão, Zuma foi levado para o hospital para ser operado a uma doença nunca revelada. Ele não compareceu fisicamente no tribunal nesta segunda-feira.
A sua prisão provocou violentos protestos e pilhagens na sua província de KwaZulu-Natal que se espalharam pelo centro financeiro de Joanesburgo em Julho, reclamando mais de 350 vidas e dando um golpe devastador na economia da África do Sul.
O seu sucessor, Cyril Ramaphosa, descreveu a agitação como uma tentativa orquestrada de desestabilizar o país.