Partidos políticos concorrentes criticam às eleiçōes de 24 de Agosto o silêncio da polícia nacional devido a onda de intolerância política durante a campanha
eleitoral.
A campanha eleitoral em Angola já começou há mais de quinze dias e o
processo encaminha-se para sua fase derradeira até a data marcada
para ida às urnas.
A Procuradoria-Geral da República, (PGR),segundo fonte oficial, diz
estar a monitorar o país e tem registado crimes eleitorais,
nomeadamente "furto de bandeiras e queima de material de propaganda"
de partidos opostos, que têm supostamente merecido resposta dos
órgãos judiciais.
Na campanha eleitoral, que teve início em 24 de julho e que se estende
até 22 de Agosto, algumas formações políticas queixam-se de alegados
actos de intolerância política, sobretudo a disputa de militantes de
partidos opostos na colocação de bandeiras em determinados locais.
A semelhança das eleições já realizadas no país, os órgãos públicos de
comunicação social , são novamente apontados como estando a contribuir
para um ambiente de desconfiança entre os eleitores e a realizar uma
cobertura parcial, cujo objectivo é favorecer supostamente o partido
liderado por João Lourenço.
Muitos analistas deploram o silêncio da Comissão Nacional Eleitoral,
que em nenhum momento se pronunciou sobre o comportamento dos órgãos
públicos de comunicação social, direcionando mais o seu discurso
contra os candidatos dos partidos na oposição.
Esta semana a Comissão Nacional Eleitoral procedeu à entrega das
credenciais para os delegados de lista das formações políticas
concorrentes.
Para o secretário geral do Partido de Renovação Social (PRS) que tem na
região leste do pais a sua praça eleitoral tradicional a campanha
decorre com alguma expectativa.
Rui Malopa não deixa de manifestar, ainda assim, preocupações
relacionadas com os casos de intolerância política, um pouco por todo
o país, que afecta o desempenho esperado dos partidos concorrentes.
Para falar sobre o assunto, ouvimos o secretário geral do
PRS, Rui Malopa, o diretor da campanha do P-NJANGO e o analista
político, Agostinho Sikato.
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