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Conselheiro de Segurança dos EUA diz que alargamento da guerra para oeste da Ucrânia era previsto


Jake Sullivan, Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Washington, 11 Março 2022
Jake Sullivan, Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Washington, 11 Março 2022

Washington alerta que Rússia pode ter intenções de usar armas químicas na Ucrânia

O Conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, afirmou que o bombardeamento das forças russas que matou 35 pessoas e deixou 134 feridas neste domingo, 13, na região ocidental da Ucrânia, perto da fronteira com a Polónia, era esperado por Washington.

“Isto não é uma surpresa para a inteligência americana e a comunidade de segurança nacional”, disse Jake Sullivan em entrevista à cadeia televisiva CNN e acrescentou que “isto mostra é que Vladimir Putin está frustrado pelo facto de as suas forças não estarem a conseguir o progresso que ele pensava que fariam.”

O ataque russo teve por alvo o Centro Internacional para Manutenção da Paz e Segurança, uma base militar no oeste da Ucrânia onde as tropas do país recebem treinos de especialistas da NATO.

As tropas da Aliança Atlântica na Polónia estão a apenas 25 quilómetros de distância, o que gerou preocupação pois um passo em falso dos militares russos pode levar a guerra para um caminho de consequências incalculáveis.

Em declarações a outra cadeia de televisão, a CBS, Sullivan abordou a crescente preocupação dos Estados Unidos de a Rússia poder estar disposta a usar armas químicas na Ucrânia.

“Não podemos prever uma hora e lugar”, disse Sullivan, lembrando a escalada de retórica de Moscovo em acusar falsamente os Estados Unidos e a Ucrânia de desenvolverem armas químicas ou biológicas para usar contra tropas russas.

“Isso é um indicador de que os russos preparam-se para fazer isso” e culpar os outros, de acordo com aquele responsável americano.

Encontro com a China

Jake Sullivan e outros membros do Conselho de Segurança Nacional e do Departamento de Estado têm um encontro nesta segunda-feira, 14, em Roma, com o dirigento do Politburo do Partido Comunista Chinês e director do Escritório da Comissão de Relações Exteriores, Yang Jiechi.

A reunião, segundo o porta-voz do órgão americano, Emily Horne, “é parte dos nossos esforços contínuos para manter linhas abertas de comunicação entre os Estados Unidos e a República Popular da China”.

Ele acresentou que as duas delegações vão tratar da “competição entre os nossos dois países e discutirão o impacto da guerra da Rússia contra a Ucrânia na segurança regional e global”.

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