Links de Acesso

Rússia e Ucrânia indicam progressos em negociações de paz


Negociadores dos dois países frente a frente em 7 de Março
Negociadores dos dois países frente a frente em 7 de Março

Pela primeira desde o início da guerra, a Rússia e a Ucrânia manifestaram neste domingo, 13, optimismo quanto a conversações de paz, com ambas as partes a afirmarem ser possível que se alcancem “progressos” nos próximos dias.

Um delegado russo às conversações disse que se registaram progressos significativos sendo possível que as duas partes possam chegar em breve a “uma posição conjunta”.

Leonid Slutsky afirmou à agência de notícias russa RIA que em comparação com o início do conflito registou-se agora “progresso substancial”.

“De acordo com as minhas expectativas pessoais, este progresso pode crescer nos próximos dias para uma posição conjunta de ambas as delegações em documentos para serem assinados”, disse o diplomata russo.

Por seu turno, o negociador ucraniano e conselheiro presidencial Mykhailo Podolyak admitiu que um progresso pode ser alcançado em conversações com a Rússia nos próximos dias porque Moscovo adoptou uma posição mais construtiva.

“Não vamos fazer concessões de princípio em qualquer posição e a Rússia agora compreende isso”, disse Podolyak.

“A Rússia já começou a falar construtivamente e penso que vamos alcançar alguns resultados numa questão de dias”, afirmou o negociador ucraniano num video colocado online.

Negociações entre delegações dos dois países têm decorrido em diversos locais, inicialmente na fronteira da Ucrânia com a Bieloréssia e mais tarde sob mediação da Turquia na cidade turca de Antalya.

O Presidente russo Vladimir Putin disse na sexta-feira, 11, terem-se registado “algumas mudanças positivas” nas negociações mas não deu outros pormenores.

Por seu lado, o chefe de Estado ucraniano Volodomyr Zelinskyi afirmou também na semana passada que o seu país não tinha intensão de aderir à NATO, uma exigência da Rússia e estava disposto a discutir a situação das regiões seperatistas apoiadas pela Rússia que, por seu turno, parece ter deixado de exigir a desmilitarização total da Ucrânia.

Moscovo disse também que não se opõe a que o actual Governo ucraniano continue no poder.

Não se sabe oficialmente quando terá lugar a próxima ronda de negociações, que, segundo Kremlin, têm continuado em “formato video”.

XS
SM
MD
LG