O comandante-geral da Polícia, Bernardino Rafael, anunciou durante uma parada militar em Magoma, Mocímboa da Praia, a morte, no sábado (29), de dois terroristas, incluindo um dos líderes que dirigiu as operações de ocupação da Mocímboa da Praia, em meados de 2020.
Tuahil Muhidim, um líder tanzaniano, foi responsável pelo rapto e de ter feito reféns duas freiras católicas brasileiras, e foi morto sábado, 29, durante uma operação da força conjunta de Moçambique e Ruanda.
“Este líder, Tuahil Muhidim, um tanzaniano já era procurado pelas Forças de Defesa e Segurança, dirigiu operação em Mocímboa da Praia” disse Bernardino Rafael, adiantando que o grupo atacante está mais fragilizado.
“Estão com fome, com sede, estão de luto todos os dias dos seus dirigentes. Estamos a falar dos líderes como Muhamud, Rajabo, Cassimo, que, em menos de 60 dias, perderam a vida, sem contar com os próprios operacionais”, acrescentou Rafael.
Os ataques terroristas de militantes ligados ao Estado Islâmico concentram-se, nos distritos de Meluco e Macomia, e esporadicamente em Nangade e Mueda, desde a sua expulsão de uma das maiores bases em Macomia.
A insurreição irrompeu, em 2017, deixando pelo menos 3.500 mortos e mais de 800 mil desalojados. As tácticas brutais dos terroristas - incluindo decapitações, raptos em massa, e o incêndio de aldeias inteiras – abalam a região rica em gás natural.