Música, muito bebida alcoólica e muita diversão. Foi assim, este domingo, 26, na Praia do Wimbe, em Pemba, onde existe a terceira maior baía do mundo. A praia esteve repleta de gente, apesar de apelos para a observância de medidas para travar a a Covid-19.
Milhares de pessoas. Parecia, até, que se estava a celebrar o fim da pandemia viral. Uns a tomar banho, outros a apreciarem o ambiente e outros sentados nos restaurantes à beira-mar, comendo e bebendo, com amigos e familiares. E quase todos sem máscara de protecção facial.
“Estou muito feliz. Porque abriram hoje a praia. Eu estava com muitas saudades de vir aqui à praia,” diz Zaida Zacarias.
Há vários meses que Zaida não ia a uma praia. E, como ela, muitos outros.
Menos feliz está Martins Mabasso. Médico de profissão, vive em Maputo. Está na capital de Cabo Delgado em serviço. Foi à praia do Wimbe para relaxar e ficou assustado. Não esperava ver o que viu.
“Aqui não se obedece absolutamente nenhuma das medidas de prevenção. Eu acho que esta abertura das praias pode propiciar a vinda de uma quarta vaga nas províncias costeiras,” diz o médico,” diz o médico.
Preocupada e alarmada está também Tânia Spetrini, empresária da área de restauração, que acha que diz que “não estamos condições de cometer erros iguais aos que assisti hoje na praia.”
“Estou mesmo assustada, porque tenho consciência que daqui a dois, três dias havemos de ter outra vez o Presidente a trancar tudo,” disse Spetrini.
De recordar que, na semana passada, o presidente Filipe Nyusi anunciou o alívio das restrições, que incluem a reabertura das praias, devendo os banhistas permanecer lá somente até às 17 horas, sem aglomerados, venda e consumo de bebidas alcoólicas.
Desde o início da pandemia, a Província de Cabo Delgado registou mais de 4900 casos positivos e um cumulativo de 15 óbitos por COVID-19.
