O processo de desarmamento, desmobilização e reintegração dos homens armados da Renamo (DDR) continua a registar entraves, o que leva o presidente da Renamo, Ossufo Momade, a queixar-se da falta de pagamento de subsídios e não integração de dez antigos guerrilheiros em funções superiores na Polícia da Republica de Moçambique.
Mais de 400 ex-guerrilheiros da Renamo estão sem receber os seus salários há três meses, disse Momade.
“Não podemos falar em reconciliação enquanto a outra parte (Governo) não quer envolver os que já estão desmobilizados nas forças policiais. Tivemos o caso dos dez oficiais que já estão lá há três anos, esperávamos que depois da sua formação estariam no Comando Geral da Policia, mas estamos a ver que todos esses estão colocados nas esquadras”, disse o líder da Renamo.
Para ultrapassar a situação, Ossufo Momade apela a comunidade internacional e a sociedade civil para que intervenham afim de garantir a paz efectiva no país.
“É preciso que trabalhemos para que as coisas andem melhor e que toda população moçambicana viva no sossego”, disse Momade.
Para o editor Fernando Gonçalves, estes atrasos podem fazer com que os desmobilizados regressem às matas, enquanto o académico Calton Cadeado considera que a situação está relacionada com o fraco desembolso financeiro devido a pandemia da COVI-19.
O processo de DDR prevê reintegrar na sociedade cerca de 5.200 ex-combatentes da RENAMO.
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