A empresária angolana Isabel dos Santos já não está na lista dos bilionários de África da revista financeira Forbes.
Há oito anos a Forbes tinha estimado a fortuna da empresária em 3.500 milhões de dólares, que a revista diz agora ser “um exemplo típico de como pilhar um país”.
“Agora com o seu pai fora do poder, o seu império é uma sombra do que foi, fazendo face a acusações de corrupção no seu país, bens congelados em tribunais em três diferentes países e uma acção em tribunal, reivindicando centenas de milhões de dólares em dívidas num quarto país”, afirma a revista num artigo intitulado “Como Isabel dos Santos em tempos a mulher mais rica de Africa, faliu”.
A revista afirma que, ao fazer as contas aos meios ainda em poder de Isabel dos Santos, “assume que não tem acesso e provavelmente poucas hipóteses tem de voltar a ter controlo dos bens congelados – em conjunto avaliados em 1.600 milhões de dólares – e portanto não lhes damos valor em seu nome e pelos nossos cálculos ela já não é bilionária”.
Como resultado disso, a filha de José Eduardo dos Santos deixa de estar na lista dos bilionários africanos recentemente publicada pela revista.
A Forbes faz no entanto notar que Isabel dos Santos “não é de nenhuma maneira pobre” e afirma que tem uma propriedade numa ilha privada no Dubai, outra residência em Londres “e um iate de 35 milhões de dólares”.
Ainda, acrescenta a revista, provavelmente, possui contas bancárias e bens que a Forbes e autoridades judiciais têm ainda que identificar.
Ao relatar como a empresária fez a sua fortuna, a Forbes diz “que todos os principais investimentos angolanos de Isabel dos Santos foram o resultado de apanhar uma parte de uma companhia que quisesse fazer negócio no país ou de uma assinatura do Presidente dando-lhe parte de negócios”.
“A sua história foi uma janela rara à trágica narrativa cleptocrática que afecta países ricos com recursos ao redor do mundo”, diz o artigo que depois detalha os negócios de Isabel dos Santos em Angola e na Europa.