Moçambique e Tanzânia vão lançar operações conjuntas para combater uma insurgência islâmica, sob um acordo que também fará com que cerca de 500 supostos insurgentes sejam extraditados, escreve a Reuters, citando o matutino estatal Notícias de Maputo.
Os dois vizinhos haviam, nas últimas semanas, dado sinais de esforços de cooperação na luta contra os insurgentes que aterrorizam milhares de pessoas em Cabo Delgado.
Pelo menos duas mil pessoas já morreram na sequência desta insurgência, que iniciou em 2017, naquela província nortenha de Moçambique, separada da Tanzânia pelo rio Rovuma. A região tem uma das maiores reservas mundiais de gás natural, estimadas, em pelo menos, 60 bilhões de dólares.
No âmbito do referido acordo, além de operações conjuntas em Moçambique, consta que haverá partilha de informação e que a Tanzânia vai deportar para Moçambique 516 suspeitos insurgentes que tem sob custódia.
O grupo que lidera a insurgência é conhecido por Ahlu Sunnah Wa-Jama e declarou lealdade ao Estado Islâmico. Localmente é também designado Al Shabab, sem no entanto uma ligação reivindicada pelo grupo terrorista homônimo que opera noutras partes de África.