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É perturbador o silêncio das autoridades em relação ao 52 jovens mortos por insurgentes em Xitaxi, diz o CDD


Adriano Nuvunga, Investigador e diretor do CDD, Moçambique
Adriano Nuvunga, Investigador e diretor do CDD, Moçambique

O Centro para a Democracia e Desenvolvimento (CDD) exige a apresentação pelas autoridades de Maputo do relatório sobre a morte de 52 jovens na aldeia de Xitaxi, Muidumbe, em Cabo Delgado, em abril deste ano.

Na altura, as autoridades de defesa nacional disseram que os jovens foram mortos pelo grupo de insurgentes alegadamente por terem recusado integrar as suas fileiras.

Mas a promessa de um detalhado relatório sobre as circunstâncias da morte dos jovens agora informalmente designados “mártires de Xitaxi” não é materializada. Passam dois meses.

“Esse atraso sugere que o Governo não está a levar a sério o sangue derramado destes jovens”, diz à VOA o investigador e diretor do CDD, Adriano Nuvunga.

Nuvunga afirma que o CDD entende "que tendo o governo falhado na proteção de civis, incluindo estes jovens, deveria ter encetado esforço para mostrar à sociedade que valoriza as vidas humanas”.

Ele recorda que as autoridades fizeram menção ao assassinato dos 52 jovens após pressão da sociedade civil.

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