Moçambique registou uma queda bastante significativa no Índice de Percepção da Corrupção, da organização não governamental Transparência Internacional referente a 2016.
O país caiu quatro pontos no que tange à pontuação, o que é a maior queda do país desde que o índice começou a ser publicado em 1995.
Os autores do documento dizem que a descoberta das dívidas ocultas e os casos de corrupção que envolveram as Linhas Aéreas Moçambicanas e a Embraer, bem como as obras da brasileira Odebrecht este na base dessa queda.
Em 2015, Moçambique ocupava a posição 112 de um total de 168 avaliados.
A nível da região, o país está entre os cinco com maiores índices, ultrapassado apenas por Angola, Zimbabue, Madagascar e República Democrática do Congo.
O Centro de Integridade Pública (CIP) diz que os dados demostram que o sistema judiciário está cada vez mais incapaz de combater o fenómeno, e que o país não tem uma estratégia concreta de combate a corrupção.
Só em 2015, segundo CIP, Moçambique perdeu 80 milhões de dólares devido à corrupção, dos quais apenas 14 milhões foram recuperados.