As reservas internacionais líquidas de Angola registaram em Setembro as mais baixas quedas do ano, para valores fixados em 23 mil milhões de dólares, três por cento em relação a Agosto.
Economistas antevêem dificuldades para o país importar bens de primeira necessidade e dizem que a divida externa deverá aumentar como resultado dessa quebra.
"A grande consequência desta quebra será a incapacidade para fazer face às importações, bem como o aumento da dívida externa de Angola para níveis "chatos" por causa dos juros de mora, um tipo de dívida sem contrapartidas", alerta Filomeno Vieira Lopes.
O economista diz que Angola faze face ao que é conhecido como “armadilha da dívida” em que caiem muitos países do chamado Terceiro Mundo.
“Os países caem na armadilha da divida, em que se está a pagar uma série de juros e não há a contrapartida, ou seja a criação de excedente de riqueza para poder fazer face a dividas anteriores”, explicou.
Galvão Branco, especialista em macroeconomia, acredita que as consequências desta quebra de reservas é mais grave para Angola que tem uma dependência excessiva de importações.
"Temos uma grande crise em termos de moeda externa para um país bastante dependente de importações, que é obrigado a fazer recurso a estas reservas", concluiu Branco.
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