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Veteranos condenados por tribunal no Huambo


Pena suspensa de seis meses por "arruaças" que resultaram num polícia ferido

Doze veteranos das forças armadas angolanas foram condenados a seis meses de pena suspensa na sequencia de uma manifestação na Segunda –feira que terminou em confrontos com a polícia.

Um outro réu, mas nao veteranos, foi absolvido por não ter estado envolvido directamente na manifestação tendo sido preso quando se encontrava nas imediações do confronto.

Os réus foram acusados de estarem envolvidos numa manifestação ilegal e em “arruaças” que resultaram no ferimento de um agente da polícia da Brigada Motorizada.

Os ex militares tinham aprisionado o presidente da Liga para o Desenvolvimento dos Ex Militares das Forças Armadas Angolanas (LIDEMFAA) durante uma reunião em que este tentava explicar o objecto social da sua associação.

Os tumultos começaram quando um dos membros corpo directivo afirmou que Eduardo dos Santos estava preocupado com a situação dos ex-militares em Angola.

“ Quando chegou o ponto de dizer que o camarada presidente, Eduardo dos Santos estava a fazer tudo para resolver o problema dos ex-militares, então todo povo começou a dizer `não fala mais do gatuno´ e dali começou a confusão,” disse um dos presentes

Os revoltados teriam feito refém por algumas horas o presidente da Liga que foi forçado a abandonar a sala de reunião com empurrões e ameaças de morte.

Depois armados com paus pedras, ferros e catanas, os ex-militares transportaram a pé Nunes até ao palácio do governador do Huambo.

Como não tinham encontrado nenhum interlocutor do governo decidiram leva-lo à Radio Mais para este explicar publicamente o paradeiro do dinheiro das pensões de reforma que os ex-militares dizem não receberem há mais de 15 anos.

A escassos metros da rádio, os manifestantes depararam-se com um forte dispositivo da polícia de intervenção rápida.

Testemunhas disseram a VOA que, a polícia recorreu a gás lacrimogénio e balas de borracha e reais para dispersar os manifestantes que arremessavam pedras contra os agentes policiais.

Há contudo noticias ainda não confirmada que vários dos manifestantes teriam sido feridos a tiro quando a polícia abriu fogo sobre os mesmos.

O julgamento dos detidos decorreu sob grandes medidas de segurança com membros da polícia de intervenção fortemente armados dentro e nas imediações do tribunal
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