O presidente do partido histórico Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), Lucas Benghy Ngonda visitou a cidade de Malanje para lançar a campanha eleitoral para as eleicoes gerais a acontecerem nos próximos dias.
O político que homenageou as vitimas e sobreviventes da repressão colonial na Baixa de Kassanje em 1969, durante a cerimónia de reinauguração da sede provincial, precisou que em Angola precisa da união do seu povo para se constituir em Nação no verdadeiro sentido da palavra.
Em vésperas de eleições Lucas Ngonda referiu que a Frente Nacional de Libertação Nacional não é um partido de promessas.
“Nós ainda não somos verdadeiramente Nação, não tenhamos ilusões, não tenhamos vergonha de o dizer esta Nação de Angola está em plena construção e a sua construção, quer dizer que, temos que unir os povos de Angola, no mesmo pensamento, no mesmo destino, nas mesmas tradições, nas mesmas aspirações”, aconselhou.
O presidente da FNLA reafirmou que “nas eleições se promete muita coisa, mas eu já disse a construção de uma Nação como a nossa não é objecto de muitas promessas, cada um de nós deve prometer aquilo que deve fazer par o seu próprio país”.
O desequilíbrio social e económico entre os angolanos preocupa o líder do partido dos irmãos que apontou a agricultura como fonte para combater a pobreza no país, refutando a política do governo angolano de receber ajuda estrangeira de produtos que podem ser retirados do solo nacional.
“Temos que voltar os nossos olhos, as nossas mãos, os nossos pés no campo para produzir e solicitarmos através desta produção, do campesinato que as intuições do Estado apoiem uma agricultura que possa alimentar as famílias, uma agricultura que possa dignificar as famílias”, defendeu Lucas Ngonda.
O político reafirmou que “Malanje é a terra da agricultura de nos tempos idos esses campos floresciam de girassol, floresciam de algodão, floresciam de tudo mais alguma coisa e, a riqueza dos europeus também uma parte saia daqui, outra parte do café, outra parte do diamante, de todos os produtos, do feijão e do arroz”. “O colono partiu, não levou a terra, a terra está connosco está tudo seco aí”, lamentou.
Lucas Benghy Ngonda que reuniu ontem com membros do executivo provincial da Frente Nacional de Libertação Nacional de Angola, se fez acompanhar de membros do Bureaux político e do comité central do seu partido, responsáveis da AMA (Associação da Mulher Angolana), organização feminina e da JFNLA.