Mais de 60 mil postos de trabalho estão em risco no sector do turismo em Moçambique, com a iminente quarta vaga da pandemia da Covid-19 impulsionada pela variante Ómicron.
No entanto, apesar de um ano marcado pela guerra em Cabo Delgado e pela pandemia, o sector empresarial acredita qye o não agravamento das medidas de combate à pandemia poderá contribuir para recuperar as perdas registadas em 2021, marcado pela redução da actividade e despedimentos.
"O sector do turismo reduziu em mais de 80 por cento a sua actividade e estima-se que mais de 90 mil postos de trabalho foram suspensos, ou estão em risco de perder o emprego no sector ao nível nacional, aproximadamente 64 mil trabalhadores distribuídos nos sectores de alojamento, restaurantes, eventos e agências de viagens ao nível nacional estão em risco", acentua Mahommed Abdulah, presidente do pelouro de Turismo, Hotelaria e Restauração da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA)
Nos últimos dois anos, as empresas registaram um défice de tesouraria de 80 por cento e, segundo Abdulah, necessitam de 50 mil milhões de meticais".
Por forma a minimizar as perdas e assegurar os empregos, operadores do sector apostam na redução dos preços para atrair mais turistas, sobretudo os nacionais, visto que os estrangeiros mostram mais receios em viajar para Moçambique.
Katarine Williams e Ana Cossa, gestoras de instâncias turísticas em Vilankulo e Cidade de Maputo, apontam exemplos da redução dos preços para atrair moçambicanos que, no entanto, viram reduzir o seu poder de compra.
Por seu ladom o director nacional do Turismo, Cândido Langa, diz que a recuperação do sector só será possível caso todos observem as medidas de prevenção emanadas pelo Governo.
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