Analistas defendem ser urgente a capacitação das Forças de Defesa e Segurança (FDS) para fazer face ao terrorismo no norte de Moçambique, enquanto os apoios externos não chegam ao país.
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Nalguns círculos de opinião, defende-se que a guerra em Cabo Delgado resolve-se com formação das forças moçambicanas por especialistas internacionais e com apoio de outros países.
"A ajuda externa vai demorar algum tempo e a violência em Cabo Delgado está a agravar-se a cada dia que passa; a formação é importante, mas neste momento, o que deve ser feito é reforçar a capacidade combativa das FDS", defende o político Raúl Domingos, membro do Conselho de Estado.
Esta é a opinião também do analista Borges Nhamire, que critica o facto de nos últimos 30 anos, o país ter investido muito pouco nas forças armadas.
Proteger a população
Por seu turno, o activista social Adriano Nuvunga considera fundamental, de imediato, agir no sentido de proteger os residentes de Palma, "que foram abandonadas à sua sorte, com a retirada do pessoal da Total e de capacitar as Forças de Defesa e Segurança, porque a via de mercenários não é viável".
O analista Tomás Rondinho entende ser fundamental a capacitação das forças armadas, mas na sua maneira de ver, "parece que as autoridades não assumem que o país está em guerra."
Para o analista João Feijó, uma melhor coordenação entre o Comandante Chefe das FDS, faria com que não existissem as alegadas rivalidades entre os ministérios do Interior e da Defesa Nacional, "que acabam fazendo com que o combate aos insurgentes não seja muito eficaz".