A província de Cabo Delgado, que desde 2017, é alvo de ataques de insurgentes do Estado Islâmico, tal como dizem as autoridades moçambicanas, é uma das áreas onde ser jornalista é uma atividade de alto risco, afirma o jornalista André Baptista.
Baptista, que é dos poucos que cobrem a insurgência, conta que, na sua recente viagem, notou que as pessoas vivem “cheias de medo, incerteza e insegurança” ao ponto de evitar falar publicamente sobre a insurgência ou assuntos relacionados.
Na capital, Pemba, “Há uma ação das forças de segurança” para manter esse clima, diz Baptista.
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Os jornalistas locais, depois do recente e misterioso desaparecimento do repórter Ibraimo Mbaruco e da detenção pelas autoridades de Amade Abubacar, “desenvolveram a autocensura” e praticamente não fazem menção à guerra no seu trabalho.
Veja Também Moçambique: exército mais perigoso para jornalistas que insurgentesEsses “atentados contra jornalistas contribuíram para silenciar a imprensa”, diz o jornalista que sublinha que “a maior parte da cobertura é de órgãos internacionais ou seus correspondentes nacionais”.
Acompanhe a conversa com André Baptista, correspondente da VOA:
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