Primeiro-ministro Morgan Tsvangirai considera ilegal a decisão do presidente Robert Mugabe e já deu ordens aos seus advogados para requer aos tribunais a anulação da data de votação
O presidente do Simbabué, Robert Mugabe anunciou que as eleições nacionais vão ter lugar a 31 de Julho, tendo suscitado reacções de protesto do seu primeiro-ministro.
Espera-se que a votação traga o fim ao contencioso governo de unidade nacional no poder há 4 anos, mas segundo o correspondente da VOA em Harare, Sebastian Mhofu, o processo está apenas a criar cada vez mais dissensões na recente crise política.
O há muito aguardado anúncio da data de eleições parece ter arrastado o Zimbabué à uma nova crise política.
O primeiro-ministro Morgan Tsvangirai disse a jornalistas em Harare que o presidente Mugabe o informou da data através de uma carta.
Tsvangirai, que pretende o adiamento das eleições até a implementação das reformas políticas, diz que a acção do presidente não foi legal.
“A acção do presidente Mugabe é uma violação flagrante e unilateral da nossa constituição. Eu, enquanto primeiro-ministro, não posso e não irei aceitá-la. O efeito da proclamação unilateral e ilegal do presidente Mugabe, é um ataque frontal, absoluto e contrário a SADC, a União Africana e ao presidente sul-africano Jacob Zuma. O presidente Robert Mugabe e a sua equipa não podem esconder-se atrás do conceito de soberania que eles há muito se renunciaram e hipotecaram através da má governação e do falhanço do estado que conduziram ao engajamento da SADC nos nossos assuntos, tal como foi em 2007.”
O primeiro-ministro zimbabueano tinha alertado no início desta semana para o facto de poder vetar as eleições se elas vierem a ser marcadas num curto espaço de tempo, afirmando que uma tal situação só permitiria ao partido ZANU-PF de Mugabe manipular a votação.
As últimas eleições no Zimbabué foram largamente consideradas de injustas e conduziram os líderes africanos em 2008 a forçar o presidente Robert Mugabe a formar um governo de unidade nacional com Morgan Tsvangirai.
O presidente zimbabuano convocou as eleições no uso das suas competências de chefe-de-estado, argumentando de que estava em conformidade com a deliberação do tribunal constitucional para que as mesmas fossem realizadas até ao fim de Julho.
No caso de virem a ter lugar, elas poderão ser as primeiras eleições no Zimbabué, que acaba de referendar em Março último, uma nova constituição, em que os eleitores votaram esmagadoramente. O processo foi apoiado tanto pelo partido ZANU-PF de Mugabe como pelo MDC de Morgan Tsvangirai.
Analistas da região afirmam que a SADC não pode forçar o presidente Mugabe a mudar a data, mas pode tomar medidas para assegurar umas eleições credíveis se agir com rapidez.
Contudo o primeiro-ministro, Morgan Tsvangirai já disse que os seus advogados vão interpor uma queixa nos tribunais na Sexta-feira para contestar a data das eleições.
Espera-se que a votação traga o fim ao contencioso governo de unidade nacional no poder há 4 anos, mas segundo o correspondente da VOA em Harare, Sebastian Mhofu, o processo está apenas a criar cada vez mais dissensões na recente crise política.
O há muito aguardado anúncio da data de eleições parece ter arrastado o Zimbabué à uma nova crise política.
O primeiro-ministro Morgan Tsvangirai disse a jornalistas em Harare que o presidente Mugabe o informou da data através de uma carta.
Tsvangirai, que pretende o adiamento das eleições até a implementação das reformas políticas, diz que a acção do presidente não foi legal.
“A acção do presidente Mugabe é uma violação flagrante e unilateral da nossa constituição. Eu, enquanto primeiro-ministro, não posso e não irei aceitá-la. O efeito da proclamação unilateral e ilegal do presidente Mugabe, é um ataque frontal, absoluto e contrário a SADC, a União Africana e ao presidente sul-africano Jacob Zuma. O presidente Robert Mugabe e a sua equipa não podem esconder-se atrás do conceito de soberania que eles há muito se renunciaram e hipotecaram através da má governação e do falhanço do estado que conduziram ao engajamento da SADC nos nossos assuntos, tal como foi em 2007.”
O primeiro-ministro zimbabueano tinha alertado no início desta semana para o facto de poder vetar as eleições se elas vierem a ser marcadas num curto espaço de tempo, afirmando que uma tal situação só permitiria ao partido ZANU-PF de Mugabe manipular a votação.
As últimas eleições no Zimbabué foram largamente consideradas de injustas e conduziram os líderes africanos em 2008 a forçar o presidente Robert Mugabe a formar um governo de unidade nacional com Morgan Tsvangirai.
O presidente zimbabuano convocou as eleições no uso das suas competências de chefe-de-estado, argumentando de que estava em conformidade com a deliberação do tribunal constitucional para que as mesmas fossem realizadas até ao fim de Julho.
No caso de virem a ter lugar, elas poderão ser as primeiras eleições no Zimbabué, que acaba de referendar em Março último, uma nova constituição, em que os eleitores votaram esmagadoramente. O processo foi apoiado tanto pelo partido ZANU-PF de Mugabe como pelo MDC de Morgan Tsvangirai.
Analistas da região afirmam que a SADC não pode forçar o presidente Mugabe a mudar a data, mas pode tomar medidas para assegurar umas eleições credíveis se agir com rapidez.
Contudo o primeiro-ministro, Morgan Tsvangirai já disse que os seus advogados vão interpor uma queixa nos tribunais na Sexta-feira para contestar a data das eleições.