O Presidente ucraniano instou a ONU a agir "imediatamente" diante dos "crimes de guerra", que, segundo ele, são cometidos pela Rússia no seu país, caso contrário as Nações Unidas teriam que "simplesmente fechar".
Ao intervir virtualmente numa reunião do Conselho de Segurança nesta terça-feira, 5, sobre alegados massacres por forças russas em Bucha, Volodymyr Zelenskyy, ele voltou a defender uma reforma do sistema da ONU para que "o direito de veto não signifique o direito de morrer".
Veja Também Rússia deve ser responsabilizada pelos piores crimes cometidos desde II Guerra MundialEle foi mais longe e perguntou: "Onde está a segurança que o Conselho de Segurança precisa garantir? Não está lá. Embora haja um Conselho de Segurança. Então, onde está a paz? Quais
são essas garantias que as Nações Unidas precisam assegurar?"Ainda sobre a ONU, Zelenskyy afirmou “se não há nada que vocês podem fazer além de conversas, dissolvam a organização".
"Terroristas" como outros
Na sua intervenção, o Presidente ucraniano disse que as forças russas mataram por prazer, “mataram famílias inteiras, adultos e crianças, e tentaram queimar os corpos.
“Eles não são diferentes de "outros terroristas", afirmou.
A reuniao acontece um dia depois do Presidente Joe Biden defender que Vladimir Putin deve ser julgado por crimes de guerra.
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Moscovo negou acusações de matar civis em Bucha, com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergey Lavrov, a caracterizar as cenas como uma "provocação anti-russa.
Em Moscovo, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que as acusações do Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Joe Biden, sobre o seu homólogo russo, Vladimir Putin, são “inaceitáveis e vergonhosas”.
A posição do Kremlin surge depois de Biden chamar “cruel” ao líder russo e pedir um julgamento por crimes de guerra cometidos na Ucrânia.
“Os insultos pessoais contra o Presidente da Rússia continuam, isso é mau. Consideramos que é inaceitável e vergonhoso por parte do Presidente dos EUA”, afirmou Peskov, em conferência de imprensa.
Joe Biden pediu um julgamento por crimes de guerra contra Putin - que classificou como um “tipo cruel” - e revelou que os EUA irão reforçar as sanções contra a Rússia, devido aos crimes contra civis cometidos por tropas russas na cidade ucraniana de Bucha.