O antigo Chefe de Estado Maior das Forças Armadas da Guiné-Bissau Zamora Induta é acusado dos crimes de organização de associação criminosa e de perturbação da ordem constitucional.
"Ele está sequestrado", diz o seu advogado.
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José Paulo Semedo disse que a acusação foi pronunciada depois de o vice-almirante ter sido ouvido na Procuradoria Geral da República no âmbito do conhecido “caso 21 de Outubro de 2012”.
Zamora Induta regressou à Guiné-Bissau a 21 de Julho depois de quatro anos em Portugal, onde se refugiara desde que fugiu do país na sequência do golpe militar de 12 de Abril de 2012.
Quando pretendia seguir a Portugal há duas semanas, o vice-almirante foi impedido de o fazer, tendo a Procuradoria imposto medidas de coacção, que agora configuram uma prisão domiciliária, o que, para o seu advogado é ilegal.
“Ele está sequestrado pelas autoridades que não apresentaram qualquer facto”, acusa Semedo, adiantando ainda que Zamora Induta “não tem nada que esconder, nem medo de qualquer processo por ter dito que não tem nada a ver com caso 21 de Outubro”.
O advogado acredita que “tudo não passa de uma agenda secreta cuja autoria estamos a tentar descobrir".
Zamora Induta está em casa vigiado dia e noite por três militares.