O Presidente da Gâmbia Yahya Jammeh declarou, hoje, um estado de emergência após recusar o resultado das eleições do mês passado, nas quais perdeu a favor do líder da oposição Adama Barrow.
“Todos os cidadãos e residentes da Gâmbia são banidos de quaisquer actos de desobediência, incitamento da violência e que perturbem a ordem pública e a paz,” disse Jammeh à televisão pública.
“Todos os cidadãos e residentes da Gâmbia são banidos de quaisquer actos de desobediência, incitamento da violência e que perturbem a ordem pública e a paz,”
Ele orientou as "forças de segurança para manter a paz e ordem em todo o país”.
O estado de emergência será até o Tribunal Supremo se pronunciar em relação à uma reivindicação do seu partido sobre irregularidades na votação.
O Supremo deveria ter lidado com o caso no passado dia 10, mas adiou para Maio alegando incerteza sobre uma transição política pacifica.
Yahia Jammeh, que governou a Gâmbia por 22 anos, perdeu as eleições a 1 de Dezembro de 2016.
Inicialmente, Jameh aceitou a derrota, mas uma semana depois apontou irregularidades no processo para justificar a realização de novas eleições e a sua continuidade no cargo.
Jammeh alega muita “interferência estrangeira” no processo.
Força regional pronta para afastar Jammeh
A tomada de posse de Barrow, o vencedor, está prevista para esta quinta-feira, e ele manifestou a intenção de materializar.
As Nações Unidas e muitos líderes africanos já pediram a Jammeh para abandonar o poder pacificamente.
O bloco dos países da África ocidental, Cedeao, colocou uma força militar em prontidão em caso de Jammeh não deixar pacificamente o poder no dia 19.
No início deste mês, o chefe das forças armadas reafirmou o seu apoio a Jammeh em carta publicada num jornal alinhado ao governo.
Arthur Banga, historiador especializado em questões militares, diz que o exército gambiano não poderá ter capacidade de enfrentar a força regional.