A indicação por aclamação de João Lourenço, pelo Comité Central do MPLA, como único candidato à liderança do partido no poder em Angola continua a provocar algumas reacções.
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Dois antigos dirigentes do MPLA questionam a indicação de João Lourenço como “candidato único” para a sucessão do José Eduardo dos Santos na liderança do partido.
O general Silva Mateus, que lidera a União das Tendências no seio do MPLA, aponta Santos de ser o principal responsável pela falta de democracia interna no seio do partido.
Silva Mateus considera que foiJosé Eduardo dos Santos quem impediu candidaturas alternativas à presidência do partido quando anunciou que se retiraria da vida política.
O general Silva Mateus, que também dirige a Fundação 27 de Maio, disse ter reunido toda a documentação para apresentar uma candidatura, mas recuou para que os seus apoiantes não fossem alvo de represálias.
Outro histórico do MPLA, que se manifestou “desiludido” com a candidatura únicapara a eleição do presidenteé o médico Mário Afonsode Almeida “Casssessa” que, num artigo de opinião publicado num dos jornais em Luandadisse que os estatutos permitem a qualquer militante candidatar-se à liderança desde que reúna as condições exigidas nos «estatutos.
“O facto de o militante João Lourenço ter sido já por isso estranhamente escolhido por um órgão superior do partido, de onde partem orientações para os escalões inferiores , afasta desde logo a possibilidade ou a vontade de outrodirigente ou outro militante de candidatar nos termos dos estatutos”, precisou o general “Cassessa”.
O antigo ministro da Saúde e deputado do MPLA lamentou quenão será desta vez que haverámais de um candidato a líder do MPLA.