Cerca de 21 pessoas terão falecido no Hospital Campanha de Viana, em Luanda, na semana passada por falta de oxigénio, segundo familiares de uma das vítimas e outras denúncias, mas as Forças Armadas garantem que não existe falta de oxigênio no país.
Durante os últimos dias, muitas são as denúncias sobre a falta de oxigénio naquele hospital preparado para o combate à Covid-19.
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O empresário Luís Fernandes morreu na passada semana alegadamente por falta de oxigénio.
A esposa dele, Mirian Fernandes, disse à VOA que “eram 21 pacientes e o meu marido falou comigo, naquela madrugada mais de três vezes e pediu para que fizesse tudo para que conseguir oxigénio porque o hospital estava com falta de oxigénio”.
Na quinta-feira, o Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas (EMG-FAA) repudiou a informação posta a circular nas redes sociais de falta de oxigénio e negou que alguém tenha morrido por negligência.
O porta-voz, brigadeiro Jorge Napoleão, disse ao Jornal de Angola que o Hospital de Campanha de Viana tem oxigénio suficiente para acudir a todas as necessidades dos pacientes internados e "mesmo que, num quadro hipotético, ocorra falta de oxigénio, existem botijas de reservas”.
Entretanto, o médico Rosalon Pedro recomenda que, em casos do tipo, seja feito um inquérito às denúncias.
“Se de um lado estão as famílias a exigirem que se faça justiça e a acusarem a instituiçao de falta de oxigénio, do outro lado, está a própria instituição, por isso, por se tratar de vida humana é necessário que se faça um inquérito para se aferir a verdade dos factos”, conclui.