Uma em cada três mulheres brasileiras que moram na região nordeste do país já foi vítima de violência doméstica.
O número alarmante está na pesquisa feita pelo Instituto Maria da Penha com 10 mil mulheres nordestinas.
Os casos de agressões físicas, emocionais e sexuais acontecem mais nas capitais Maceió, Recife e Aracaju, mas os registos de agressões físicas ocorrem mais em Salvador, Natal e Fortaleza.
Diante desse levantamento, o Governo federal pretende realizar acções para reduzir ou acabar com essa violência.
A secretária especial de Políticas para as Mulheres do Ministério da Justiça e Cidadania, Fátima Pelaes, em entrevista ao programa radiofónico "A Voz do Brasil’, disse ser necessário combater o medo e a insegurança que afectam as mulheres nordestinas.
“São dados que apontam para que nós possamos trabalhar para desconstruir essa cultura da superioridade masculina, ou seja, por que nós, mulheres, temos tanto medo, e estamos andando na rua e temos preocupação de sofrer algum tipo de assédio sexual ou mesmo dentro das suas casas sofrendo violência física”, disse.
Uma das acções para combater a violência contra as mulheres, segundo a secretária, é promover a igualdade de género.
O Governo já investiu cerca de 2 milhões de reais (setecentos mil dólares) num projecto que vai pesquisar a realidade da violência contra as mulheres em todas as regiões brasileiras.
“Vamos fortalecer o combate à violência, garantindo todos os equipamentos sociais, como nós estamos trabalhando a Casa da Mulher Brasileira, mas também intensificaremos as ações na promoção da igualdade entre mulheres e homens”, ressaltou.