As vigílias em Luanda a favor dos activistas detidos e acusados de de crimes de rebelião, golpe de Estado e falsificação de documentos vão contiuar enquanto as vidas de Luaty Beirao e Nelson Dibango estiverem em perigo.
O anúncio é dos organizadores das vigílias que vêm sendo realizadas desde a passada quinta-feira no largo da Igreja da Sagrada Família.
Nos três primeiros dias, a polícia esteve presente e as vigílias decorreram normalmente, mas neste domingo, quando as forças da ordem montaram um forte dispositivo para dispersar o grupo de cerca de 100 pessoas que portavam cartazes de apoio a Luaty Beirão e Nelson Dibango que se encontram em greve de fome e mais 15 revús, os presentes decidiram abandonar o local.
A decisão, segundo Pedro Pedrowski, um dos organizadores da vigília, foi tomada depois de um abordagem do comandante da polícia e dos preparativos que estavam a ser feitos com carro de água para carregar sobre o grupo.
Luaty Beirão, que se encontra em greve de fome há 21 dias, tem sido o foco principal das vigílias devido ao seu debilitado estado de saúde, que levou as autoridades a transferi-lo para o hospital-prisão de São Paulo na passada sexta-feira.
O rapper e activista é filho de João Beirão, já falecido, fundador e primeiro presidente da Fundação Eduardo dos Santos (FESA), entre outras funções públicas, sendo descrito por várias fontes como tendo sido sempre muito próximo do Presidente angolano.