A intenção de transformar a Convergência Ampla de Salvação de Angola (Casa-CE) em partido político pode conhecer a primeira contrariedade depois de um dos seus vice-presidentes ter considerado que tal pretensão pode ser bastante prejudicial para a coligação política.
Na última quinta-feira, a direcção da coligação liderada por Abel Chivukuvuku anunciou, em conferência de imprensa, que o congresso, que visa transformar em partido a actual terceira força política angolana, tinha sido definitivamente marcado para o mês de Julho em Luanda.
Mas esta vontade foi contrariada pelo vice-presidente da agremiação política, Alexandre Sebastião, do Pada-Aliança Patriótica, que sugere o adiamento da transformação em partido para depois da eleições gerais marcadas para 2017.
Em declarações à VOA, Sebastião considera que dissolver a actual coligação política e criar um novo partido, a pouco menos de um ano das eleições gerais em Angola, é um erro que os dirigentes devem evitar.
O político alega que o novo partido a ser formado não teria tempo para se afirmar na cena política angolana.
Alexandre Sebastião esclareceu, entretanto, que a tese defendida pelo seu partido, o Pada-Aliança Patriótica, não deve ser entendida como um sinal indicativo de ruptura no seio da Casa-CE.
Com oito deputados no Parlamento, a Casa-CE é uma coligação partidária integrada pela Aliança Livre de Maioria Angolana (Palma), pelo Partido de Apoio para Democracia e Desenvolvimento de Angola-Aliança Patriótica (Padda-AP), pelo Partido Pacífico Angolano (PPA) e pelo Partido Nacional de Salvação de Angola (PNSA).