A Polícia Nacional (PN) de Angola dá início na próxima terça-feira, 6 de Novembro, à Operação Resgate que visa, segundo a corporação, combater a venda desordenada em locais impróprios e resgatar a autoridade do estado angolano.
Os vendedores ambulantes, que se dizem vítimas de acção da polícia, afirmam que a operação visa combater os pobres e não a pobreza.
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O porta-voz da PN, comissário Orlando Bernardo, a proibição da venda de diversos produtos na via pública, tais como alimentos, acessórios de decoração de viaturas, telemóveis, recargas telefónicas, calçados, roupas e outros bens, tem como objectivo desincentivar o crime.
Mas para vendedores ambulantes ouvidos pela VOA, esse combate vai aumentar o nível de criminalidade, prostituição e a fome no país.
“Esta é uma atitude negativa. Se acontecer nós as mulheres vamos ser prostitutas e teremos muitos bandidos”, disse uma zungueira.
José Cassoma, presidente da Associação de Vendedores Ambulantes de Luanda (AVAL), apela a uma maior ponderação das autoridades durante a Operação Resgate.
“O Governo não pode lutar contra o povo. Os zungueiros são a maioria das populações”, sustentou Cassoma.
Entretanto, Orlando Bernardo reitera que a venda ambulante é uma actividade lícita e quem a exerce deverá continuar a exercê-la, desde que, seja em locais que serão indicados pelas autoridades administrativas.