UNITA e FNLA, na oposição em Angola, acusam o Governo provincial do Uíge de excluir seus militantres do processo de distribuição de lotes de terras para autoconstrução dirigida, um dos projectos considerados prioritários pelo Executivo.
As políticas de fomento habitacional foram detalhadas recentemente no Uíge pelo ministro das Obras Públicas e Ordenamento do Território, Manuel Tavares de Almeida.
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O secretário provincial da JURA, braço juvenil da UNITA, Simão Teca, apontou o dedo ao governador José Carvalho da Rocha.
“O senhor governador em vez de olhar para a juventude no seu todo não, virou mais para o seu partido, nós vimos a OMA, a ter uma parte de lotes de terras, a JMPLA segundo informações que temos recebeu 70 lotes de terras, segundo informações o Conselho Provincial da Juventude beneficiava de 60 lotes de terras, no princípio do programa nós a JURA nos distribuíram um terreno de 10 por 20 metros, e que depois desse processo, recolheram os nossos documento e de lá para cá nunca disseram mais nada”, afirmou Teca.
Aquele responsável sublinhou que a "distribuição destes lotes de terras está baseada na militância do partido no poder".
Por seu lado, o secretário adjunto da FNLA, Afonso Teca Canga, disse que enquanto "estamos falar da reconciliação e da paz, temos que pautar sempre no princípio de igualdade, no princípio universal para evitar esses conflitos, porque Angola é de todos nós, mas o que estamos a notar aqui é que o MPLA está a querer colocar-se no centro das atenções de todas situações, deixando de fora os outros partidos políticos e outros cidadãos”.
A VOA contactou o secretário geral do governo provincial que encaminhou-nos para a vice-governadora para o Sector Técnico e Infraestruturas
Depois de cumprir todos os procedimentos burocráticos para ouvir a versão de Helena da Cruz Vieira Dias Pereira, tal não foi possível.
Entretanto, numa entrevista não gravada, o director do Gabinete Técnico e Infrasestruturas do Uíge, Alexandrino Afonso, disse não haver exclusão de militantes de partidos políticos e assegurou que o município sede do Uíge tem 2000 lotes de terras que foram entregues às direcções da Juventude e Desporto e ao Conselho Provincial da Juventude para serem distribuídos.
Alexandrino confirmou que o projecto encontra-se temporariamente paralisado devido às recentes enxurradas que se abateram sobre cidade do Uíge.