Apesar das promessas do Governador Eusébio de Brito Teixeira, o Hospital Geral 17 de Setembro do Sumbé continua a ser um dos piores do país.
No ano passado o hospital geral 17 de Setembro do Sumbe foi classificado como um dos piores do país em termos de atendimento aos pacientes, facto que foi associado à total degradação da infra-estrutura.
Na altura, o governador Eusébio de Brito Teixeira visitou o hospital e depois de reconhecer o estado lastimável do estabelecimento prometeu uma profunda requalificação da infra-estrutura. No entanto, tudo continua como estava.
Pacientes contactados pela VOA mas cujas entrevistas não foram gravadas, dizem que não se registam quaisquer melhorias no hospital, com pessoas a esperarem até 14 horas para serem atendidas no banco de urgência, incluindo doentes em estado grave.
Nos períodos de noite, os pacientes que chegam ao hospital depois das 18 horas são obrigados a esperar pelo menos, até à meia-noite para serem atendidos, para depois passarem por uma longa e cansativa triagem.
A VOA soube que a leitura dos resultados das análises é feita por enfermeiros que, praticamente, se assumem como médicos e são eles que decidem pelo internamento ou não.
De acordo com vários pacientes, as ausências dos enfermeiros são constantes e os médicos não trabalham à noite por razões que se desconhecem.
Apesar de as autoridades terem anunciado que cada unidade hospitalar no Sumbe tem sempre um médico à noite, no hospital 17 de setembro a realidade é diferente, uma vez que aqueles profissionais deixam o estabelecimento às 16 e só regressam no dia seguinte por volta das 8 ou 9 horas da manhã.
Numa visita ao hospital na tarde da passada segunda-feira deparámos com um triste cenário à entrada do Banco de Urgência: mais de 30 crianças nos braços das mães contorcendo-se com dores devido a febre alta, além de vários adultos que enchiam o local.
Houve acusações de que a enfermeira de serviço preferia ver a telenovela a atender os pacientes.
Domingos Mário, com um filho de apenas quatro anos nos braços e gemendo devido à febre, disse ter esperado mais de cinco horas para ser atendido.
Mário, que chamou a nossa atenção para a forma como os médicos eram tratados, questionou ainda se aquele era um hospital do Estado.
Amélia Henriques, com uma filha de apenas 2 anos de idade e visivelmente abatida, disse ter esperado das 17 às 23 horas para ser atendida. No final, recebeu uma receita mas não viu nenhum médico para fazer o diagnóstico.
«Vim com meu filho aqui neste hospital e os enfermeiros e médicos pensam que estão a fazer-nos um favor enquanto é dever deles prestarem assistência”, reclamou Amélia Henrique.
Nesse mesmo dia, à meia-noite, quando preparávamos para sair do banco de urgência, chegou a enfermeira-chefe, cujo nome não nos foi revelado, e, com cara de poucos amigos, foi chamando os pacientes.
A muitos deles simplesmente disse para regressar no dia seguinte.
Apesar dos esforços desenvolvidos desde a passada terça-feira para falar com a directora do Hospital Geral 17 de Setembro do Sumbe, não foi possível ouvir a sua versão sobre os factos porque, segundo nos foi comunicado, ela estava muito ocupada.
Na altura, o governador Eusébio de Brito Teixeira visitou o hospital e depois de reconhecer o estado lastimável do estabelecimento prometeu uma profunda requalificação da infra-estrutura. No entanto, tudo continua como estava.
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Pacientes contactados pela VOA mas cujas entrevistas não foram gravadas, dizem que não se registam quaisquer melhorias no hospital, com pessoas a esperarem até 14 horas para serem atendidas no banco de urgência, incluindo doentes em estado grave.
Nos períodos de noite, os pacientes que chegam ao hospital depois das 18 horas são obrigados a esperar pelo menos, até à meia-noite para serem atendidos, para depois passarem por uma longa e cansativa triagem.
A VOA soube que a leitura dos resultados das análises é feita por enfermeiros que, praticamente, se assumem como médicos e são eles que decidem pelo internamento ou não.
De acordo com vários pacientes, as ausências dos enfermeiros são constantes e os médicos não trabalham à noite por razões que se desconhecem.
Apesar de as autoridades terem anunciado que cada unidade hospitalar no Sumbe tem sempre um médico à noite, no hospital 17 de setembro a realidade é diferente, uma vez que aqueles profissionais deixam o estabelecimento às 16 e só regressam no dia seguinte por volta das 8 ou 9 horas da manhã.
Numa visita ao hospital na tarde da passada segunda-feira deparámos com um triste cenário à entrada do Banco de Urgência: mais de 30 crianças nos braços das mães contorcendo-se com dores devido a febre alta, além de vários adultos que enchiam o local.
Houve acusações de que a enfermeira de serviço preferia ver a telenovela a atender os pacientes.
Domingos Mário, com um filho de apenas quatro anos nos braços e gemendo devido à febre, disse ter esperado mais de cinco horas para ser atendido.
Mário, que chamou a nossa atenção para a forma como os médicos eram tratados, questionou ainda se aquele era um hospital do Estado.
Amélia Henriques, com uma filha de apenas 2 anos de idade e visivelmente abatida, disse ter esperado das 17 às 23 horas para ser atendida. No final, recebeu uma receita mas não viu nenhum médico para fazer o diagnóstico.
«Vim com meu filho aqui neste hospital e os enfermeiros e médicos pensam que estão a fazer-nos um favor enquanto é dever deles prestarem assistência”, reclamou Amélia Henrique.
Nesse mesmo dia, à meia-noite, quando preparávamos para sair do banco de urgência, chegou a enfermeira-chefe, cujo nome não nos foi revelado, e, com cara de poucos amigos, foi chamando os pacientes.
A muitos deles simplesmente disse para regressar no dia seguinte.
Apesar dos esforços desenvolvidos desde a passada terça-feira para falar com a directora do Hospital Geral 17 de Setembro do Sumbe, não foi possível ouvir a sua versão sobre os factos porque, segundo nos foi comunicado, ela estava muito ocupada.