Os dois candidatos representam partidos políticos com uma visão política cada vez mais divergente.
No próximo dia 6 de Novembro, os americanos não vão apenas escolher um presidente, vão também decidir qual o papel que o governo federal deve desempenhar no seu dia-a-dia.
Em Janeiro que vem o actual presidente americano, o democrata Barack Obama, ou o seu adversário republicano Mitt Romney, tomará posse como presidente dos Estados Unidos.
Mas, independentemente de quem sair vitorioso do escrutínio, os dois candidatos representam partidos políticos com uma visão política cada vez mais divergente.
Quem conseguir o próximo mandato de 4 anos na Casa Branca terá um ponto de vista radicalmente diferente do seu adversário acerca dos programas do governo federal, política fiscal e orçamento do estado - em resumo, sobre o papel do governo na sociedade.
Steve Smith, um cientista político da Washington University de St. Louis, explicou-nos as diferenças entre os dois principais partidos políticos americanos.
“ Os dois lados representam pontos de vista muito diferentes do papel que deve caber ao governo federal. Os democratas e o presidente Obama acreditam que o governo federal deve desempenhar um papel forte e positivo no que se refere aos principais desafios com que a sociedade americana se depara. Quanto a Romney e ao partido republicano, acham que o governo federal deve manter-se à margem de mutos aspectos da vida americana e que o papel do governo federal deve ser reduzido, assim como os impostos.”
Quanto a George Nation, um professor de finanças e de direito da Universidade de Lehigh na Pensilvânia afirma que aquelas posições assentam nas diferenças filosóficas entre os dois candidatos presidenciais.
“Por um lado temos o presidente Obama que acredita firmemente no poder do governo para melhorar directamente a vida das pessoas. Por outro temos o governador Romney que acredita no poder do governo para permitir às pessoas que melhorem as suas vidas.”
Por seu turno John Gilmour, professore de ciências politicas na Universidade de William and Mary em Virgínia salientou que os pontos de vista dos dois partidos têm vindo a mudar ao longo dos anos.
“Os democratas sempre apoiaram tradicionalmente os grandes programas tais como a segurança social e os seguros de saúde para a terceira idade. Os republicanos também chegaram a apoiar esses programas mas estão menos inclinados a fazê-lo hoje em dia”
Os três académicos ouvidos pela VOA apontaram também para as modificações legais e sociais nos Estados Unidos dos últimos 50 anos que se traduziram por uma divisão acentuada reflectindo as divergências ideológicas entre os dois partidos.
Na década de 60 por exemplo o movimento de defesa dos direitos cívicos no sul do país levou muitos democratas conservadores a aderirem ao partido republicano. Já os apoiantes da igualdade dos géneros e da liberalização do aborto penderam para os democratas.
Quanto aos americanos que privilegiam menos impostos e menos intervenção do governo juntaram-se cada vez mais aos republicanos.
Em Janeiro que vem o actual presidente americano, o democrata Barack Obama, ou o seu adversário republicano Mitt Romney, tomará posse como presidente dos Estados Unidos.
Mas, independentemente de quem sair vitorioso do escrutínio, os dois candidatos representam partidos políticos com uma visão política cada vez mais divergente.
Quem conseguir o próximo mandato de 4 anos na Casa Branca terá um ponto de vista radicalmente diferente do seu adversário acerca dos programas do governo federal, política fiscal e orçamento do estado - em resumo, sobre o papel do governo na sociedade.
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Steve Smith, um cientista político da Washington University de St. Louis, explicou-nos as diferenças entre os dois principais partidos políticos americanos.
“ Os dois lados representam pontos de vista muito diferentes do papel que deve caber ao governo federal. Os democratas e o presidente Obama acreditam que o governo federal deve desempenhar um papel forte e positivo no que se refere aos principais desafios com que a sociedade americana se depara. Quanto a Romney e ao partido republicano, acham que o governo federal deve manter-se à margem de mutos aspectos da vida americana e que o papel do governo federal deve ser reduzido, assim como os impostos.”
Quanto a George Nation, um professor de finanças e de direito da Universidade de Lehigh na Pensilvânia afirma que aquelas posições assentam nas diferenças filosóficas entre os dois candidatos presidenciais.
“Por um lado temos o presidente Obama que acredita firmemente no poder do governo para melhorar directamente a vida das pessoas. Por outro temos o governador Romney que acredita no poder do governo para permitir às pessoas que melhorem as suas vidas.”
Por seu turno John Gilmour, professore de ciências politicas na Universidade de William and Mary em Virgínia salientou que os pontos de vista dos dois partidos têm vindo a mudar ao longo dos anos.
“Os democratas sempre apoiaram tradicionalmente os grandes programas tais como a segurança social e os seguros de saúde para a terceira idade. Os republicanos também chegaram a apoiar esses programas mas estão menos inclinados a fazê-lo hoje em dia”
Os três académicos ouvidos pela VOA apontaram também para as modificações legais e sociais nos Estados Unidos dos últimos 50 anos que se traduziram por uma divisão acentuada reflectindo as divergências ideológicas entre os dois partidos.
Na década de 60 por exemplo o movimento de defesa dos direitos cívicos no sul do país levou muitos democratas conservadores a aderirem ao partido republicano. Já os apoiantes da igualdade dos géneros e da liberalização do aborto penderam para os democratas.
Quanto aos americanos que privilegiam menos impostos e menos intervenção do governo juntaram-se cada vez mais aos republicanos.