A União Europeia (UE) está preocupada com o respeito dos direitos humanos em Angola e alerta o Executivo que o período da pandemia não pode justificar retrocessos.
"Exprimimos com muita clareza as preocupações com os acontecimentos de 24 de outubro e 11 de novembro e o senhor ministro [da Justiça] respondeu de maneira muito positiva, dizendo que essas liberdades não desaparecem quando há desafios, têm de continuar a ser respeitadas", revelou a embaixadora da UE em Luanda, Jeannette Seppen, após um encontro nesta terça-feira, 17, com o ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, Francisco Queiroz.
Na conversa com os jornalistas, Seppen realçou que certas liberdades, como a liberdade de expressão e de reunião “têm de ser respeitadas”, apesar do momento difícil por que passam todos os países.
“Sublinhámos mais uma vez a importância do respeito dos direitos humanos, mesmo numa fase muito difícil que também nós passamos na Europa”, destacou a diplomata europeia, reiterando que agora, “há mais desafios do que antes".
Jeannette Seppen afirmou ter recebido a garantia da parte angolana de que os compromissos no que diz respeito aos direitos humanos vão continuar a ser respeitados.
O encontro entre a embaixadora e o ministro da Justiça e dos Direitos Humanos serviu para avaliar a Estratégia Nacional dos Direitos Humanos e o seguimento das recomendações da Avaliação Periódica e Universal do III Ciclo.