O vice-presidente da UNITA, Raúl Danda, rejeitou a declaração de vitória eleitoral do MPLA e lamentou que a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) se mantenha “muda e calada” face a essa declaração.
“Seguramente a CNE não saberá o que dizer, o que é muito estranho”, disse Danda à VOA.
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Ele adiantou que os resultados que continuam a chegar estão a alterar a situação e confirmou que, em Luanda, “é verdade que o MPLA tinha resultados acima dos 50 por cento”.
"Em Luanda existe uma situação actual em que o MPLA tem 40 e tal por cento e a UNITA 30 e tal por cento e depois lá mais para trás virá a CASA CE”, explicou Danda que fez notar que esta contagem, no entanto, não inclue zonas como Cacuaco e Viana, onde grande parte da "população é favorável à UNITA”.
"À medida que mais resultados são conhecidos, particularmente em zonas de maior aceitação da UNITA, as coisas vão se revertendo”, acrecentou o vice-presidente do partido do Galo Negro.
Por outro lado, lembrou que na província do Huambo foram contados menos de 20 por cento dos votos e falta contar “grande parte dos votos de Cabinda”, enquanto no Bié “há muitas actas por escrutinar”.
No final da manhã, o secretário do Bureau Político do MPLA, João Martins, revelou que, de acordo com as actas dos seus delegados, o partido no poder tinha garantido a "maioria qualificada", depos de mais de cinco milhões de votos escrutinados.