A UNITA propôs hoje a "criação de uma frente patriótica para alternância do poder” visando "salvar" Angola de uma "ditadura democrática", frente ao que considera umm retrocesso nas consquistas do país.
A iniciativa foi anunciada em comunicado do Comité Permanente da Comissão Política do principal partido da oposição e marca o 19.º aniversário da morte do seu fundador, Jonas Malheiro Savimbi.
O partido liderado por Adalberto Costa Júnior afirma ser “imperiosa a criação de uma frente patriótica para alternância do poder, com o fito de se salvar o país, amordaçado pela ditadura democrática”, no momento em que vê “com imensa preocupação o retroceder das conquistas alcançadas".
Este desiderato, segundo a UNITA, destina-se a conseguir os objectivos preconizados por Savimbi: “paz, liberdade, democracia e desenvolvimento”,
Hoje é assinalado como sendo o “dia do patriota”, Savimbi, cuja biografia é destacada na nota, que não dá detalhes da “frente única” para derrotar o MPLA.
Na quinta-feira, 17, como a VOA noticiou então, os líderes da UNITA, Adalberto Costa Junior, do Bloco Democrático (BD), Justino Pinto de Andrade, e o coordenador do PRA-JA - Servir Angola, Abel Chivukuvuku, decidiram unir as forças para, segundo as suas palavras, tirar o MPLA do poder nas eleições de 2022 em Angola.
Numa declaração conjunta apresentada numa conferência de imprensa em Luanda, eles exigiram que o Presidente João Lourenço se pronuncie e tome uma decisão sobre o que está ocorrer em Angola, com particular incidência em quatro questões: o “massacre” de Cafunfo, o estado actual da democracia que para eles está a regredir, a situação da justiça e as eleições de 2022.