O secretário da Unita em Benguela, província onde se registaram confrontos entre militantes da UNITA e do MPLA que deixaram três mortos e vários feridos não aceita os resultados do inquérito do Ministério do Interior apresentado ontem e que culpabiliza o partido do galo negro.
A organização liderada por Isaías Samakuva mostra-se bem mais surpreendida, semanas depois de ter falado em ‘’inúmeras inverdades’’.
Alberto Ngalanela, um dos três deputados que viveram os horrores da Capupa, lamenta a postura do Governo de Benguela.
O secretário provincial chorou ao apontar o dedo ao soba Tchimbuta, detentor, como diz, de um território e de um exército, à imagem de quem desafia as autoridades.
"O seu exército, depois do ataque, percorreu 18 quilómetros, queimando casas, desalojando e destruindo bens, até chegar à sede da Capupa. Ali, perante o olhar permissivo dos agentes da Polícia, destruiu mil blocos que serviriam para a construção do Secretariado da UNITA’’, sustenta, para mais adiante assinalar que os agressores tiveram o privilégio de receber a visita de membros do MPLA e da Administração, que lhes ofereceram apoio material, ao passo que ‘’o Governo nem sequer se dignou visitar a família de Fernando Bundo (inspector assassinado)."
A VOA viu rejeitados pedidos para um pronunciamento do MPLA.
Numa das ocasiões, o secretário para Informação, David Naenda, disse que o Comité Provincial estava à espera de um informe da sua representação no Cubal.