A UNITA e os órgãos de comunicação do Estado TVZimbo e Televisão Pública de Angola estão de costas viradas depois daqueles meios de comunicação terem denunciado uma suposta agressão a seus jornalistas que cobriam a marcha organizada pelo principal partido da oposição no sábado, 11, e exigiram uma retratação da UNITA.
O partido diz que não se retrata e que não houve qualquer agressão, o que é confirmado pelo secretário-geral do Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA).
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Para as duas televisões do Estado, a notícia da marcha foi sobre uma suposta agressão a jornalistas seus e que foram impedidos que cobrir o acto.
A TVZimbo repudiou o acto e pediu que a UNITA se retrate, a TPA também em comunicado fez o mesmo e disse que, caso contrário, não mais vai aparecer em actividades realizadas pelo partido.
A UNITA diz que as duas televisões mentiram e garante que durante o acto nenhum jornalista foi agredido fisicamente.
"A partir do momento que a TVZimbo passa para tutela do Estado transformou-se, sobre este facto a TVZ está a ser moralista sem moral, se houve um jornalista agredido não apresentaram por quê o referido jornalista a falar? Se houve agressão física então a polícia no local não ia prender os agressores? Mentir também não é assim", reagiu a deputada da UNITA Mihaela Webba, quem garante que o partido não vai se vai retratar de algo fabricado pelas referidas televisões.
Quanto à decisão da TPA de não cobrir eventos da UNITA a parlamentar considera que só fará um favor a UNITA.
“Não fazem falta porque só fazem um péssimo trabalho, e se se não aparecerem só nos fazem um favor", concluiu.
Por seu lado, o secretário-geral do SJA condenou o acto em si independentemente de ter havido agressão física ou não.
Os responsáveis são os gestores dos órgãos e não os jornalistas, quem deve explicar os péssimos trabalhos são os gestores dos órgãos", afirmou Teixeira Cândido, quem garante que “não houve nenhum jornalista agredido fisicamente, e a foto que circula nas redes sociais não é de nenhum jornalista angolano, aqui houve manipulação de factos".
Tanto a TPA como a TVZ disseram não se pronunciar mais sobre o assunto.