O ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança do Presidência da República de Angola, Pedro Sebastião, anunciou na quarta-feira, 9, em Luanda, que os restos mortais do antigo líder da UNITA, Jonas Savimbi, serão exumados sem honras de Estado.
Para o Governo, sustentou, o fundador da UNITA não pertencia à “família governamental”
Em reacção, Alcides Sakala, porta-voz do partido do "galo negro", disse à VOA que tomou “boa nota” sobre um possível funeral de Jonas Savimbi sem honras de Estado.
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Sakala lembrou, no entanto, que existe uma comissão para realização das exéquias que integram elementos da UNITA e do Executivo angolano.
O ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança da Presidência da República acrescentou não existirem razões para se fazer paralelismos com o funeral de Estado dado ao também falecido general Arlindo Pena “Ben-Ben”, antigo chefe-adjunto do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas (FAA).
A Comissão Multisectorial para a Exumação e Transladação dos Restos Mortais de Jonas Savimbi tinha agendado para 20 de Dezembro o enterro do ex-líder da UNITA, morto em combate, a 22 de Fevereiro de 2002, o que não aconteceu.
Na base do atraso está o facto, segundo a UNITA, da exigência do partido em realizar colheitas de amostras dos restos mortais, para serem submetidos a exames de ADN, em três laboratórios por si escolhidos no exterior do país, a fim de certificar que as ossadas correspondam às do seu líder fundador.
Em Dezembro, o Presidente João Lourenço garantiu que o Governo estava apenas à espera da UNITA para entregar os restos mortais de Jonas Savimbi.