UNITA denuncia intolerância política no Huambo

  • Norberto Sateco
Deputado Manuel Saviehemba diz que sobas em lugares em que a UNITA ganhou nas eleições estão a ser afastados

A UNITA acusa dirigentes do MPLA na províncial angolana de Huambo de uaHua “provocadores” e de promoverem a intolerância políica.

O deputado do partido do Galo Negro no círculo provincial do Bié, Manuel Saviehemba, disse à VOA que a situação politica na região tem estado agravar-se devido a alegados actos de intolerância politica..

“As pessoas ainda temem. Os sobas já começaram a ficar sem os seus trajes na comuna da Chicala e Cunge pelo facto das populações terem votado pela oposição”, denunciou Saviehemba.

O deputado disse que as autoridades tradicionais visadas devem manter serenidade e pautarem pelo civismo.

‘O nosso desejo este ano na Assembleia é de defender com profundidade o cidadão, que a gente pense em criar condições politicas e financeiras, mas enquanto ele não viver em paz, não saber se amanhã irá viver na sua casa, significa que esee angolano não esta livre”, considerou Savihemba.

O dirigente disse não compreender a razão das “perseguições antagónicas, numa altura que o país já trilha os caminhos da paz e reconciliação nacional há 15 anos”.

Nas últimas semanas, militantes desse mesmo partido já haviam denunciado tais factos na região de Monte Belo, na província de Benguela, onde alegadamente foram registadas vítimas humanas.

A UNITA havia prometido recorrer às Nações Unidas caso os autores daqueles actos saíssem impunes.

O vice-presidente Raul Danda disse que “a medida esta a ser ponderada.

Por seu turno, o bispo da Igreja Tocuista, Dom Afonso Nunes, defende a criação de um código de conduta para regular o comportamento dos políticos, sobretudo em processos eleitorais.

“Os meios de comunicação devem trabalhar mais, apelando à tolerância e ao amor”, sugeriu.

Apesar das muitas tentativas, não foi possível falar com qualquer dirigente do MPLA na província.