A UNITA denuncia que “inimigos da paz e da democracia” têm um plano para assassinar membros do seu Secretariado na província de Benguela, num complemento dos incidentes da Kapupa, município do Cubal.
O deputado Alberto Ngalanela, secretário provincial, afirma que estes homens continuam a ser instrumentalizados pela ala radical do MPLA.
Vinte e quatro horas antes de um frente-a-frente com o comandante provincial da Polícia, na presença do delegado dos Serviços de Informação, Alberto Ngalanela recorreu ao passado recente para vincar a ideia de que membros da UNITA continuam a ser perseguidos.
“O nosso companheiro Manuel Lourenço, um dos membros mais activos do Cubal, foi assassinado, depois de ameaças de que todos os participantes a um comício seriam mortos. Por isso, não levamos estas informações de ânimo leve’’, salienta, para mais adiante, apontando o dedo a militantes do MPLA devidamente instrumentalizados, sustentar que ‘’o trabalho de Kapupa não foi realizado a cem por cento’’.
Num encontro com altas figuras das forças de segurança, hoje, Alberto Ngalanela colocou sobre a mesa a questão dos vários deslocados existentes no Cubal.
É outro dos reflexos dos incidentes do passado dia 25 de Maio, marcados por três mortes.
“Estas famílias deslocadas atravessam um calvário, mas ninguém faz nada. Elas vivem de donativos, quando deveria ser o Estado a ajudá-las’’, acrescenta, antes de ter reafirmado que várias pessoas temem o soba Tchimbuta.
O MPLA, já se sabe, opta por não reagir a nada que tenha como pano de fundo o ataque a deputados da UNITA.
Em alguns discursos, dirigentes do partido maioritário salientam que não se vai reagir a ‘’provocações baratas’’.