A UNITA espera que os sinais de reforma em Angola, mais do que exonerações e nomeações, ajudem a proporcionar investimentos que não beneficiem apenas 10 por cento dos angolanos e defende modelos sustentáveis e geradores de empregos.
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A ideia do partido de Isaías Samakuva foi manifestada nesta terça-feira, 28, em Luanda, numa conferência nacional sobre ‘’Eleições, Paz e Democracia’’, na qual a CASA-CE anunciou uma estratégia para a fiscalização dos actos do Governo.
A deputada do principal partido da oposição Arlete Leona Chimbinda, que falava sobre os desafios dos partidos políticos e coligações de partidos na presente legislatura, disse que a preparação do Orçamento Geral do Estado para 2018 vai colocar à prova o executivo de João Manuel Gonçalves Lourenço.
“Sobretudo em relação ao género dos investimentos, é preciso que se criem empregos, é bom que olhe já para o Orçamento Geral do Estado para 2018, os empresários devem sim fazer negócios, mas devem estar comprometidos com o desenvolvimento do país’’, salientou Chimbinda.
Pouco depois, a falar sobre o mesmo tema, o deputado Lindo Bernardo Tito, anunciou que a fiscalização dos actos do Governo é uma das cinco estratégias da CASA-CE, que considera inconstitucional o decreto que proíbe tal medida
“Seremos o polícia de quem está a governar, é uma imposição do actual ciclo político. Seremos os fiscalizadores permanentes’’, promete Tito.
O debate foi marcado pela ausência do MPLA, convidado pelas cinco organizações da sociedade civil que promovem a conferência, até amanhã, na sede da União dos Escritores Angolanos.
O antigo deputado general Abílio Kamalata Numa, considera essa ausência como “fraquezas em termos de funcionamento democrático, os partidos maduros devem conversar com todos.
Na quarta-feira, 29, a conferência debruça-se sobre nova agenda para as autarquias em Angola.