O secretário para Informação e Marketing da Unita em Kwanza Sul acusou o Governo de promover matanças selectivas de pessoas e disse haver um plano macabro de assassinatos de dirigentes da Unita a todos os níveis.
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Celestino Samahina, que falou para quadros do partido, referiu-se a afirmações recentes do governador da província do Bié Boavida Neto que, segundo ele, disse ter orientado a polícia para espancar militantes da Unita. "Eles vão levar mesmo", disse o governador citado pelo responsável da Unita.
Samahina acusa o MPLA de desenvolver essa estratégia em todo o país, com destaque para as províncias de Huambo, Luanda, Benguela, Bié, Uíge, Huíla, Namibe e Kwabza Sul.
No Kwanza Sul, por exemplo, Samahina denunciou ter havido massacres de militantes da Unita nos municípios do Sumbe, Kibala, Mussende e Cassongue. Samahina Bartolomeu disse haver comités especializados para mortes selectivas, num país que não oferece garantias jurisdicionais efectivas de defesa dos direitos à vida.
“O país continua a não oferecer garantias jurisdicionais efectivas de defesa dos direitos fundamentais à vida e à inviolabilidade do domicílio. As agressões ao direito à vida são planeadas e executadas pelos órgãos públicos dependentes do senhor Presidente da República, sem o seu repúdio ou condenação. Os colaboradores do senhor Presidente da República, que é o comandante-em-chefe das FAA, protegem delinquentes promovendo-os a altas patentes militares ou evitando que os mesmos enfrentem a justiça pelos crimes cometidos”, acusou Samahina.
Na conferência, Celestino Samahina pediu ao Presidente da República que respeite a lei: «Dessa violação à vida humana que ocorreu no município do Kwemba na província do Bié, envolveram-se não só militantes do partido ainda no poder, mas também com o apoio das FAA. Depois de tal confissão, o senhor presidente da República mantém-se em silêncio e o referido governador permanece em funções”.
A Unita responsabiliza o Executivo angolano pelos crimes e violações aos direitos mais elementares do homem.
Segundo o secretário de Informação e Marketing do principal partido da oposição todos os caminhos já foram ensaiados e o único que resta é o da democracia e da reconciliação nacional