"África é pobre, mas não precisa de o ser"
WASHINGTON —
Um alto responsável da União Africana diz que África tem tudo que necessita para construir um futuro próspero e tornar-se um dos principais actores nos assuntos internacionais.
A secretária executiva da organização, Nkosazana Dlamini-Zuma diz que África tem que ultrapassar muitos obstáculos, mas que está optimista que o continente o conseguira fazer.
A União Africana celebra este ano 50 anos. A presidente da comissão Dlamini-Zuma diz que é tempo de reflexão – altura para se olhar para os fracassos e os sucessos do passado, bem como reflectir aonde estará África daqui a 50 anos.
Ela disse que África conseguiu libertar-se do seu passado colonial, mas que ainda não conseguiu tornar-se prospero. África é pobre, frisou, mas não precisa de o ser. África, salientou, tem uma população jovem e dinâmica, pessoas trabalhadoras e países com recursos minerais entre outros.
Zuma é a primeira mulher que preside à comissão da União Africana e é uma antiga ministra dos negócios estrangeiros da África do sul. África, diz, tem que desenvolver rapidamente as suas infra-estruturas para prosperar. Tem que desenvolver os sectores dos transportes, da energia, das comunicações. Este desenvolvimento, nota, iria permitir desenvolver o potencial do continente para poder aumentar o seu comércio interno e desenvolver o seu turismo.
"Pensamos que se nos conseguirmos gerir bem, gerir bem os nossos recursos, investir nas nossas populações, podemos ser prósperos. Mas, temos também que prosseguir o processo que iniciamos, e que vai bem, o da democratização dos nossos países. A maior parte dos nossos países são agora democracias, com eleições regulares."
Dlaimini-Zuma não ignora os enormes problemas que existem no continente, como os conflitos no Mali e no Sudão, a corrupção e a criminalidade. Mas nota que estes são problemas que podem ser ultrapassados, reduzidos ou contidos.
Por exemplo, refere que há 20 anos, existiam 15 conflitos em África. Uma situação dramática que foi reduzida drasticamente. O desenvolvimento é a única forma de se ter uma paz sustentada nota enquanto encoraja o desenvolvimento e apela aos investidores a promoverem criação de empregos.
Relativamente a eventos actuais Zuma diz que tem poucas expectativas de que da reunião dos G-8 saiam resultados benéficos e concretos para África.
"Penso que não existe um relacionamento fácil entre o G-8 e África porque o G-8 tem um presidente diferente todos os anos. Cada presidente decide a sua agenda, pelo que o que discutimos no ano passado não é necessariamente seguido no ano seguinte. Assim pode funcionar para o G-8, e obviamente que funciona – doutra forma não o continuariam a fazer – mas se funciona para África? Disso não estou segura."
Zuma diz que a União Africana vai enviar observadores às eleições no Zimbabué, agendadas para 31 de Julho, conforme ordens do Tribunal Constitucional zimbabueano.
O primeiro-ministro Morgan Tsvangirai quer que a votação seja adiada até que tenham sio implementadas verias reformas legais.
Zuma diz que cabe ao povo zimbabueano decidir se quer seguir a decisão ou não. Contudo, frisa que seja quando tiver lugar a eleição, ela deve decorrer de forma livre e ser justa.
A secretária executiva da organização, Nkosazana Dlamini-Zuma diz que África tem que ultrapassar muitos obstáculos, mas que está optimista que o continente o conseguira fazer.
A União Africana celebra este ano 50 anos. A presidente da comissão Dlamini-Zuma diz que é tempo de reflexão – altura para se olhar para os fracassos e os sucessos do passado, bem como reflectir aonde estará África daqui a 50 anos.
Ela disse que África conseguiu libertar-se do seu passado colonial, mas que ainda não conseguiu tornar-se prospero. África é pobre, frisou, mas não precisa de o ser. África, salientou, tem uma população jovem e dinâmica, pessoas trabalhadoras e países com recursos minerais entre outros.
Zuma é a primeira mulher que preside à comissão da União Africana e é uma antiga ministra dos negócios estrangeiros da África do sul. África, diz, tem que desenvolver rapidamente as suas infra-estruturas para prosperar. Tem que desenvolver os sectores dos transportes, da energia, das comunicações. Este desenvolvimento, nota, iria permitir desenvolver o potencial do continente para poder aumentar o seu comércio interno e desenvolver o seu turismo.
"Pensamos que se nos conseguirmos gerir bem, gerir bem os nossos recursos, investir nas nossas populações, podemos ser prósperos. Mas, temos também que prosseguir o processo que iniciamos, e que vai bem, o da democratização dos nossos países. A maior parte dos nossos países são agora democracias, com eleições regulares."
Dlaimini-Zuma não ignora os enormes problemas que existem no continente, como os conflitos no Mali e no Sudão, a corrupção e a criminalidade. Mas nota que estes são problemas que podem ser ultrapassados, reduzidos ou contidos.
Por exemplo, refere que há 20 anos, existiam 15 conflitos em África. Uma situação dramática que foi reduzida drasticamente. O desenvolvimento é a única forma de se ter uma paz sustentada nota enquanto encoraja o desenvolvimento e apela aos investidores a promoverem criação de empregos.
Relativamente a eventos actuais Zuma diz que tem poucas expectativas de que da reunião dos G-8 saiam resultados benéficos e concretos para África.
"Penso que não existe um relacionamento fácil entre o G-8 e África porque o G-8 tem um presidente diferente todos os anos. Cada presidente decide a sua agenda, pelo que o que discutimos no ano passado não é necessariamente seguido no ano seguinte. Assim pode funcionar para o G-8, e obviamente que funciona – doutra forma não o continuariam a fazer – mas se funciona para África? Disso não estou segura."
Zuma diz que a União Africana vai enviar observadores às eleições no Zimbabué, agendadas para 31 de Julho, conforme ordens do Tribunal Constitucional zimbabueano.
O primeiro-ministro Morgan Tsvangirai quer que a votação seja adiada até que tenham sio implementadas verias reformas legais.
Zuma diz que cabe ao povo zimbabueano decidir se quer seguir a decisão ou não. Contudo, frisa que seja quando tiver lugar a eleição, ela deve decorrer de forma livre e ser justa.